quarta-feira, 22 de março de 2023

MOSAICO DE IDEIAS: UM TANGO PARA EULÁLIA, POR SANDRA SA'NTOS

 

[Imagem Pinterest]

MOSAICO DE IDEIAS - SEMEANDO PALAVRAS E COLHENDO BORBOLETAS|03

U M  T A N G O   P A R A   E U L Á L I A 

POR SANDRA  SA'NTOS


Pela música que invade nossas almas, por um sonho, pela dança, pela poesia, e principalmente pela nossa liberdade. Dancemos com Eulália.


O hotel em que estavam hospedados era antigo, chique e pretensamente “Cult”. Tão refinado quanto ultrapassado, lindo mesmo assim. Eulália estava com Jairo em Buenos Ayres para algo que ela considerava uma espécie de lua de mel.

Para ela que crescera em uma família humilde, tudo era novo e deslumbrante. A cidade era especial, as pessoas que passavam pelas ruas combinavam tanto com o cenário que pareciam colocadas ali, apenas para enriquecê-lo. Figurantes escolhidos cautelosamente em um set de filmagem. Mas, apesar da beleza do ambiente, e de toda a preparação para essa viagem, ela tinha uma terrível sensação de estar no lugar errado. 

Apaixonara-se loucamente por Jairo, um argentino bonito e alguns anos mais velho, responsável pela reviravolta em sua vida. Uma paixão incontrolável os envolvera, e há pouco haviam se assumido como casal pois, até então, eram amantes acostumados com a clandestinidade. Talvez, por isso a incômoda sensação de não merecer estar bem a inundava. Tentava bravamente afastar os pensamentos conflitantes que lhe povoavam a mente, acreditando que a aura de criminalidade, ficaria para trás. Depois de tudo o que enfrentaram para ficar juntos, seria natural sentir-se em paz na companhia dele, porém, pelo contrário a sensação de alegria insistia em se afastar.

- Talvez seja apenas uma questão de tempo. É tudo muito recente. – Pensava consigo mesma.

Jairo de todas as formas possíveis, fazia com que ela se sentisse amada. Mas, agora ali longe de casa, a única coisa que ela sentia era medo e insegurança, além de uma latente intuição lhe tirava a tranquilidade. O homem por quem se apaixonara, em alguns momentos, parecia-lhe um estranho, e Eulalia via pequenos sinais que a incomodavam em suas atitudes. Algo não estava certo.

- Será que nos precipitamos? Será que eu me precipitei? – Inconformada com a sensação, estava decidida a fazer o que fosse possível para sentir-se mais calma, afastando como podia os pensamentos para longe.

Saíra de um relacionamento regado a solidão e precisava da atenção que Jairo lhe dava. Mas, havia um “mas” pairando como uma névoa sobre sua cabeça. Tudo se parecia demais com uma mentira. Um lado de sua mente, já havia decretado que tudo não passava de uma grande mentira que agora, ela teria que conviver. Assim, forçava-se a ficar imune aos alertas de sua intuição.

- Como posso não me sentir feliz na companhia dele?  Agora que já estou aqui preciso relaxar e aproveitar todos os momentos – Concluiu, ensaiando uma mudança de postura.

Haviam passeado de mãos dadas pela primeira vez sem incomodarem-se com as pessoas ao redor. Agora assumidos, poderiam fazer coisas de gente normal, livres como nunca se permitiram antes. Almoçaram em um restaurante maravilhoso, foram as compras e tudo parecia perfeito. Desde que chegaram ela sentira-se extremamente bem recebida em todos os lugares que passaram, Eulália sentia-se quase uma conterrânea, na verdade, seu biotipo realmente fazia com que ela parecesse muito com uma filha da terra. Mesmo assim, para ela, algo estava fora do lugar.

Naquela noite, Jairo havia prometido levá-la para conhecer a noite portenha e seus encantos, Buenos Ayres e sua famosa boemia. Eulália tinha um lado que apreciava a beleza das noites e sentia uma curiosidade romântica acerca dos seres que vagam solitários de bar em bar.

Em sua ingenuidade, acreditava que todos os boêmios eram artistas, compositores ou músicos. Nem de longe, se permitiria imaginar criaturas tristes e solitárias vagando sem rumo, objetivos ou sem esperança. Para ela, Jairo meio que retratava essa fantasia, o via como um lindo boêmio, e essa noite prometia. Tango, vinho, boas risadas e muito romance.

Olhando-se no espelho ordenou a si mesma para que fosse feliz. Decida a mudar sua postura, preparou a banheira e deleitou-se com um longo banho, chegando mesmo a adormecer naquela água perfumada e cheia de espuma, enquanto Jairo participava de mais uma reunião de negócios com os produtores de uva. Precisavam encaminhar detalhes da próxima safra, e sua rotina fazia com que se dividisse entre a Argentina e outros países, incluindo o Brasil.  

Maquiou-se, e vestiu sua roupa especial, um belíssimo vestido que Jairo lhe dera especialmente para a ocasião. Um tomara que caia, em tafetá preto, que parecia ter sido feito sob medida, lindo e tão caro quanto seu salário de um mês. Já vestida, parou para admirar-se no espelho, tudo estava perfeito. Mesmo assim, sentiu-se estranha. Ela nunca gastaria tanto dinheiro em uma peça de roupa.

- Talvez deva me acostumar com esse tipo de luxo. – Concluiu terminando a maquiagem e aprovando sua imagem. Estava pronta para a tão esperada noite de tango, mas ali em frente ao espelho apesar de toda a produção, o que viu foi um par de olhos tristes.

- Acho que vou colocar mais rímel, um pouco mais de blush e talvez disfarce. – Foi o que fez.

Eulalia ainda ouvia os insultos e sentia os olhares de desaprovação quando a notícia de seu divórcio se fez conhecida. Fora julgada e condenada por amigos e familiares, enfim, todos os que não se deram ao trabalho de perguntar o porquê. Preferiram fingir não saber o que é possível se viver ou morrer entre quatro paredes. Houve uma espécie de escolha e na caça às bruxas, as mulheres sempre perdem.

- Santa hipocrisia, eu me separo pra viver minha vida com mais dignidade e sou tratada como uma puta. Elas preferem manter as aparências? Então tudo bem, não sei se perdoo, mas com certeza eu supero. A escolha foi sua. Você buscou a liberdade e conseguiu. Agora, bora ser feliz dona Eulália! É uma ordem!!! - Falou em voz alta, certificando-se que a mulher de olhar triste que via refletida no espelho entenderia o recado. Deu uma última ajeitada nos cabelos, e saiu do banheiro.

Jairo já a esperava sentado confortavelmente em uma bela poltrona estilo retrô. Ao vê-la abriu seu enorme sorriso cheio de dentes, pulou em sua direção envolvendo-a nos braços. Ela, uma mulher pequena, ficava completamente escondida no enorme corpo de Jairo e aquele abraço, aquele carinho, aquela demonstração de conforto eram para ela a representação de um excelente momento pro relógio quebrar, e o tempo parar de andar. Um lapso de momento em que Eulália acalmou-se.

- Meu Deus como está linda! Me deixa ver como ficou nesse vestido, minha nossa! Eu sou muito sortudo, o homem mais sortudo de toda Buenos Ayres. - Exclamou Jairo enquanto a girava imitando um passo de dança. Findo o rodopio, olhou-a nos olhos e a beijou com a ternura e a potência que lhe eram características. Seu amor era uma bomba de sensações controversas e irresistíveis. Era um homem bonito com uma figura altiva, de gestos cautelosos e postura de leão.  Trajava um terno caro e bem cortado, que na verdade era a forma que usualmente se vestia.

- Vamos bela senhora Blanco? Senhora Eulália Blanco! Fica chic não acha? - Disse-lhe dando-lhe o braço, e empregando seu próprio sobrenome a ela.

- Senhor Jairo Blanco! Devo pressupor que isso seja um pedido de casamento? - Completou Eulália rindo.

- Vamos bela senhora, a noite nos espera. – Continuou sem responder sua pergunta. Sorrindo e rodopiando sobre si mesmo, ensaiou pequemos passos de dança enquanto atravessavam o corredor de seu quarto de hotel.

Na verdade, casamento não havia passado na cabeça de Eulália. Durante o curto período em que estavam juntos, apesar do envolvimento avassalador, se viam pouco e Eulália tinha consciência quanto a diferença de idade, e de vida entre os dois. Não haviam conversado sobre essa possibilidade, na verdade nem sequer haviam viajado juntos antes. Ela se envolvera com um homem que trabalhava muito e adorava seu trabalho, haviam se conhecido em uma convenção já que Eulália era secretária em uma empresa de eventos.

No elevador, Eulália assistiu confusa Jairo sacar o celular para checar se tudo estava encaminhado no que se referia aos convites e reservas dos convidados daquela noite.

- Convidados, que convidados? Deus do céu, quantas pessoas estarão lá? - Perguntou a si mesma indignada, pois naquele mesmo dia ele havia trabalhado. Imaginou que a noite fosse só deles. Tudo o que desejava era uma noite de romance, como ele a havia feito acreditar que seria.

Algo desabava a sua frente escancarando o que esse talvez viesse a ser a sua vida com ele, escancarando talvez o motivo de suas incertezas. Talvez nunca conseguisse ser importante o suficiente para ele, talvez não seria como agora, sequer consultada sobre algo que também a envolveria. Talvez, os negócios estivessem sempre entre os dois.

Uma nuvem de medo surgiu em seus olhos e quebrou seu espírito. Eulália não gostava de conflitos, e já apreensiva, questionava-se se deveria ou não externar sua indignação e desconforto. Preferiu calar-se, e engolindo as palavras continuou apenas observando enquanto Jairo falava, gesticulava e coordenava a tudo com desenvoltura. Seus olhos encheram-se de lágrimas e ela os baixou para que ele não percebesse. Mais uma vez, fez o que sempre fizera, calou-se como havia se calado a vida inteira.

- Que porra é essa? Não era um jantar romântico? Por que não conversou comigo antes? Por que não me avisou? – Bradou internamente sem nada dizer. A insegurança que ela ensaiara dar fim enquanto se arrumava, havia voltado e ele sequer percebeu. Eulália ainda não sabia, mas Jairo não conseguia ver muito além de si próprio.

O carro já havia andado alguns quilômetros quando enfim, a ligação terminou. O motorista, funcionário de confiança de Jairo, apenas a cumprimentou evitando olhar para ela durante todo o trajeto. Para Eulália isso foi um alívio, pois afastou o constrangimento de sua visível decepção. O destino era relativamente próximo do hotel, e a essa altura, seja lá quem o havia escolhido, fizera um bom trabalho. “La Noche”, um pequeno bar, no charmoso bairro de San Telmo.

Com móveis de madeira escura torneada, piso de ladrilhos brancos e pretos alternados. Lindo, tão lindo que parecia ser parte de outra época. Sentiu-se entrando em um túnel do tempo, num cenário perfeito, da música aos garçons, das pessoas aos cheiros que inundavam o ambiente que ostentava um refinamento único e genuíno.  

Estava encantada e considerou deixar-se levar pelo clima da noite portenha. Talvez não fosse assim tão difícil transformar aquela em uma noite inesquecível. Ela precisava desesperadamente sentir-se viva e havia entrado em um mundo de sonho. Estava deslumbrada.

Como pôde, sorriu e foi simpática com os convidados de Jairo, mesmo que para ela fossem apenas estranhos falando uma língua estranha, e que provavelmente só teriam assuntos que não lhe interessariam. Após algum tempo, abstraiu-se das conversas e desistiu mostrar-se presente na situação. Desistiu das delicadezas ensaiadas e da ausência de Jairo que se ocupou a agradar os presentes. Eulália distinguia sua voz ao longe, já que ele havia se sentado do outro lado da mesa para conversar. 

- Está tão animado e profícuo. Ou será prolixo? Essas conversas são sempre mais do mesmo e eu não vim aqui para trabalhar. Como ele pode fazer isso nessa noite? - Riu do próprio trocadilho.

Distraiu-se analisando tanto Jairo quanto o seu interlocutor, um senhor mais velho que prestava uma atenção sobre-humana nas palavras em suas palavras.

Acho que o homem não colocou direito a peruca. Sim, acho que ele usa peruca. - Cerrou os olhos prestando atenção aos detalhes que pudessem lhe entregar a verdade sobre o caso.

- É, eu estou certa. Aquela quantidade de cabelo sobre sua cabeça não combina nem com seu rosto, nem com os ralos cabelos nas laterais, e a cor é diferente. – Concluiu que a partir de então, seria um ótimo passatempo encontrar defeitos em todos que estavam estragando a sua noite, pelo menos assim, ficaria com uma expressão risonha o que daria a impressão de estar satisfeita.

Foi o que fez com o auxílio do garçom um tanto empolgado com a moça que parecia deslocada. O rapaz, decidira manter sua taça cheia, num bom pretexto para estar por perto numa espécie de flerte proibido. Ela por sua vez, entregou-se inteira as delícias do líquido sagrado.

A imagem de Jairo, aos poucos, desapareceu na fumaça dos cigarros, no som da música, e na leseira daquele bom vinho. Ele tornou-se apenas mais um no meio de tantas pessoas e Eulalia já não estava mais com eles. Estava sozinha como nos longos anos de seu casamento. Estava em um lugar repleto de gente, mas sozinha.

Como não entendia muito bem o idioma, decidiu colocar mentalmente uma legenda nas palavras que jorravam das bocas das pessoas fazendo com que a dificuldade de comunicação, passasse então a diverti-la. Agora a língua que eles falavam já nem era mais tão estrangeira assim.

A liberdade etílica, que captura facilmente aqueles não acostumados ao álcool, fez com que ela se sentisse à vontade consigo mesma. Deixou-se levar pela vibração do ambiente e assistiu extasiada à apresentação musical de três senhores que tocavam acordes perfeitos em instrumentos que ela nem conhecia. Teve a impressão de que o restante dos músicos talvez, estivesse escondido, como era possível, apenas três senhores, só três, inundarem todo o salão com tamanha magia? A harmonia daquelas figuras já idosas, se encaixava perfeitamente ao cenário, e Eulália divagava alternando-se entre o real e a fantasia trazida por Baco.

- Talvez tenham nascido aqui, têm a mesma idade do bar. Acho que bebi demais. - Percebendo o absurdo que pensara, decidiu que era hora de comer alguma coisa, tomar um copo de água, e andar um pouco. Precisava se recuperar antes que alguém notasse sua embriaguez. Levantou-se com calma e dirigiu-se ao banheiro.

Nem se deu ao trabalho de comunicar a Jairo. Cuidou em andar de forma leve e cautelosa para que ninguém percebesse que estava “alta”. Lavou o rosto, retocou a maquiagem, e sentindo-se melhor resolveu retornar à sua mesa. No caminho de volta, distraiu-se com os homens e mulheres bem vestidos, e com a alegria que pairava no ar, sem dúvida era o ambiente perfeito para casais apaixonados.

Voltou a passos lentos, ciente de que havia demorado mais que o normal, mas agora sentia-se bem. Constatou que Jairo que trocara de interlocutor, ainda não voltara para a cadeira ao seu lado, talvez nem tivesse dado por sua falta. Estava contrariada e decidida a não estragar ainda mais a sua noite quando o anúncio da apresentação principal lhe atraiu a atenção.

- Tango! – Exclamou batendo palmas entusiasmada. Ajustou-se rapidamente na cadeira no mesmo momento em que o prestativo garçom, lhe oferecia mais uma taça de vinho que ela mais que prontamente, aceitou. Assistiu à apresentação hipnotizada, pondo-se a calcular o nível de harmonia e entrosamento que um casal de profissionais da dança deve possuir para realizar com tamanha desenvoltura aqueles passos intricados.

- Se o sexo fosse uma música, definitivamente seria o tango. – Concluiu acompanhando com atenção cada movimento. Mentalmente bailou com eles chegando a inferir se fora do palco, também seriam um par. Invejou a dança e invejou aquela moça que rodopiava leve nos braços de seu parceiro. Gostaria de trocar de lugar com ela.

Sem que Eulália soubesse, era praxe ao fim da apresentação que os dançarinos escolhessem pessoas entre o público para dançar, como se fosse uma aula. Entusiasmada acompanhou atentamente toda a movimentação. A moça, após andar um pouco, convidou um senhor grisalho e tímido de uma mesa no lado oposto do salão. O rapaz sem nenhuma hesitação, assim que se separou da parceira, buscou por Eulália e a olhou fixamente. Caminhou em sua direção com a determinação de quem sabia muito bem o que queria. Queria Eulália. Parou em sua frente, sorriu e estendeu-lhe a mão.

Com o coração acelerado, mais que depressa ela aceitou o convite e saíram de mãos dadas rumo a pista de danças. Já no meio do salão lembrou-se de Jairo, dirigiu seu olhar a ele procurando talvez, um sinal de aprovação que não recebeu. Pelo contrário, ele a observava com um misto de surpresa e raiva. Sua reação negativa não a demoveu. Era visível que ele estava perplexo e que se pudesse dizer algo naquele momento, com certeza a impediria. Eulália olhou a sua volta, e recebeu a aprovação do bar inteiro por meio de palmas e palavras de incentivo, para ela e para o senhor tímido que agora sorria. Era isso o que todas as mulheres naquele bar queriam, e era isso o ela queria. Esqueceu-se de Jairo, e se entregou ao tango como antes se entregara ao vinho.

Nos braços daquele estranho fascinante se deixou conduzir como uma amante que flui nas mãos de seu homem. Olhavam-se fixamente e ela agiu como se dançar lhe fosse algo costumeiro, como se eles já houvessem ensaiado aquela dança muitas e muitas vezes.

Há uma aura que emana de um corpo para outro em uma fluidez simbiótica que vem com a dança. Quando corpo e alma se misturam a uma melodia tornando-se parte dela de tal maneira, que entre dois estranhos nasce uma cumplicidade que só existe no compasso da música. Eles haviam entrado nesse universo.

Naquele bar antigo nascia uma Eulália atemporal, sem medo de lançar-se ao desconhecido. Deixou que todas as sensações pulsantes do momento, invadissem sua alma. Uma Eulália que vivia aquela fantasia sem medo de ser feliz. Ela rodopiou nos braços daquele homem, nos braços do tango e da poesia que faltava em sua vida. Esqueceu-se da tristeza e do medo. Ali não havia pecado, havia apenas a euforia da liberdade.

Não havia passado. O presente era mágico. E quanto ao futuro?

Bem... Nesse ela pensaria depois. 

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Sandra Sa'ntos é pedagoga com especialização em Educação Ambiental, pela faculdade de Saúde Publica da Universidade de São Paulo- FMS/USP. Ambientalista apaixonada pela natureza e pela vida em todas as suas formas. Escritora, dedica-se a poesia e aos contos. Publicou "Jardim dos Silêncios" - Editora Viseu e organiza seu primeiro livros de contos. Além de um romance a caminho. Sua temática gira em torno do universo feminino, com trabalhos publicados em antologias no Brasil e na Argentina. 

6 comentários:

  1. Parabéns Sandra! Seu conto me envolveu muito e me fez viajar com a personagem Eulália.

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    1. Que bom que gostou! Fico muito feliz. Essa era a ideia. Envolver!

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  2. Que delícia de conto! Ele me fez pensar que as vezes deixamos de viver momentos felizes por dúvidas, inseguranças e incertezas.
    Parabéns Sandra!
    Quero ler o seu livro de contos, o de poesias eu amei

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  3. Nossa! Muito envolvente! A vontade é de continuar. Parabéns Sandra! 😍👏🏻👏🏻👏🏻

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