sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


 

(Lua Cheia, de 27/02 a 04/03)/03


Por Ana Luzia de Oliveira


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


As Lâminas da Mãe Terra são um oráculo formado por frequências que foram intuídas, apresentando-se em imagem, nome e funcionalidade, representados por Ana Amélia Moura, Ana Luzia Oliveira e Neysi Oliveira, em processo de canalização. 


Suas cartas podem ser interpretadas por seus significados arquetípicos e, também, podem ser tomadas por frequências que nos auxiliam naquilo a que se propõem ativamente.

 


 

Sua leitura destina-se a fins terapêuticos e de autoconhecimento, para ampliar a consciência das dinâmicas que existem em nossas vidas e dos recursos que temos para solucionar as questões que se apresentam.

 

É Lua Cheia, pessoal! 

 

E plenos da Confiança que o último ciclo nos deu, vamos ver o que nos espera para este momento de plenitude...

  

Pai Vento. Ele é um viajante. Percorre todos os lugares colhendo histórias de outros tempos. Leva com ele o indesejado e traz com ele as experiências do passado para aprendizado, mesmo que distantes no tempo e no espaço através da inspiração momentânea. Sinaliza a mudança para novos ares. Como nesta primeira parte da leitura vemos os desafios que se colocam, vamos falar de mudanças repentinas. Sim, a vida muda o tempo todo, não é novidade para ninguém a impermanência do Universo. Mas algumas mudanças de plano, às vezes, nos pegam no contrapé. E há que se ter um tempo para que a gente consiga assimilar os novos tempos. Estamos falando também de lembranças do passado que voltam com força para nos ajustar nos novos tempos, o resgate de tudo que nos forma é o que nos faz seguir, mas estar novamente de frente para alguns esqueletos no armário nem sempre é confortável. Lembre-se de seguir em frente, levando consigo só o que é essencial.

 

Ventania

 

Assusta-me saber

tudo o que não sei

explicar de mim.

 

Desconheço-me inteira,

quase como uma brincadeira

que diverte o Universo.

Imagino que ele

passa o tempo a se distrair,

e quase o ouço rir,

todas as vezes

que meu mundo muda.

 Ora me deslumbro,

Outras vezes me contrario

e muitas me escandalizo

pelo tanto

que se descortina

cada vez que um véu

se vai ao vento.

Talvez por isso

haja sempre ventania.

 

E o que fazemos com aquilo que nos deixa em estado de alerta? Aí vem nossa segunda cartinha sempre com um apoio para prosseguir...

 

Violeta. Esta linda menininha está te oferecendo flores. Para ela, não importa as dificuldades que passou por ser criança, por ser mulher, por ser indígena. Ela perdoa e segue. Exatamente, Violeta fala de perdão, é o que nos faz transformar as experiências ruins em aprendizados saudáveis, a violência em suavidade. O perdão pinta o passado com novas cores e o perfuma com aromas mais agradáveis que o cheiro da mágoa e do remorso. Para prosseguir, não devemos perdoar só os que nos ofenderam, precisamos perdoar a nós mesmos por escolhas e decisões que não foram tão felizes como imaginávamos. Perdão não precisa ser esquecimento. Perdão não precisa ser reconciliação amorosa. Perdão é desvincular-se das repercussões negativas que os acontecimentos geram na nossa alma para seguirmos livres a partir dali. Perdoe. Perdoe-se. Comece com uma coisinha pequena e vá deixando que a sensação boa de estar mais leve te auxilie em situações mais graves. 

Para mudar para novos ares, não leve as amarguras antigas com você!

 Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.

 


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|19




 Momento com Gaia/19


Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Para ouvir o PODCAST clique AQUI. 


Eu também canto


além de poeta eu também canto

as lembranças da infância

os dias escuros e ensolarados


a estupidez do comércio da dor

a mentira, a hipocrisia, o desamor

a falácia do falso pregador


além de poeta eu também canto

aos trigos maduros no campo

à cura da terra ressecada


e ressuscito  a criança malnutrida

a proteção de todo o perigo

o despertar da minha oculta luz 


além de poeta eu também canto

para a noite que me acolhe

a boa nova de cada instante


à proteção de medos e desenganos

minhas alegrias, conquistas e glórias

a sabedoria ancestral que me envolve


além de poeta eu também canto

fragmentos de inúmeras histórias 

a inquietude e a dor da Terra




terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Empoeme-se em Poesia: "Mulheres enluaradas"




Poema/06


Mulheres Enluaradas, de Isa Corgosinho

Para ouvir o podcast, clique AQUI.


No dia que o Sol se escondeu de seu próprio fogo e calor

a Lua se fez presente irradiando de suas crateras refulgente luz de cristal

As mulheres puderam passear pelo mundo

recobrindo os continentes

com suas vestes de peles

os cinco cantos do mundo

acalentados

por imensa ciranda de mãos mantras

Mulheres bailaram

em conluio

com estrelas e Lua

Nesse dia (anoi) tecido

as mulheres fiaram

algodão e nuvens

teceram quasares

constelações 

Bordaram

relevos rochosos, vales

cantaram os sons inaudíveis dos pássaros

Pintaram formas e volumes 

esculpiram, moldaram espécies de flora, fauna extintas

Troncos grossos

brotaram 

alastraram-se

bichos ínfimos, gigantes

espalharam-se pelo planeta

Lavaram

oceanos foram filtrados pelos mantos de águas-vivas

olhos vazantes das Iemanjás nuas

A atmosfera planetária recebeu os bafos sincronizados

pulmões de oxigênio


arfavam dos peitos provedores de leite e mel

Entre as pernas das mulheres

os fornos produziram pães 

sorrisos de bebês 

borboletas

Era o dia das mulheres enluaradas

seus versos encarnados curaram os homens

da sede de fogo

da fome de guerra

da loucura da ambição

do destino sangrento de super-homens

Quando a aurora nasceu

mulheres e Lua recolheram-se

em ninhos aconchegantes de corujas e cotovias

Era chegada a hora

infância primeva

o mundo

renascia

nas barras douradas do dia!




Feminário Conexões, o blog que conecta você!

EDITAL ENLUARADAS II TOMO DAS BRUXAS

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