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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

EMPOEME-SE EM POESIA: Poemas de Érica Azevedo



 

EMPOEME-SE EM POESIA/22


Poemas de Érica Azevedo

Leitura de Marta Cortezão

Para ouvir o podcast, clique AQUI.


O POETA E O LABIRINTO

 

O poeta não está morto.

Apenas agoniza no labirinto

                            da linguagem

buscando decifrar

sua própria face.

 

A cada verso encontrado

um enigma se refaz.

 

(A chuva e o labirinto, Mondrongo, 2017)


*-*

 


RELÓGIO

 

A hora passa

com a música que toca no rádio.

 

O minuto desaparece

com o sorriso ensaiado nos lábios.

 

O segundo segue

como um sopro de instrumentos.

 

Nas paredes, ainda o mesmo tic-tac.

 

(A chuva e o labirinto, Mondrongo, 2017)


*-*


Cabide

 

Quero um local

para guardar minha dor.

 

Um depósito não muito longe

                                 [de mim]

 

Quero guardá-la e poder olhar

para seu peso,

sentir se sua marca

se desfaz.

 

Quero ver minha dor

sem forçar o ombro,

sem o sentimento de posse.

Com um sorriso

mesmo magro

 

(A chuva e o labirinto, Mondrongo, 2017)


*-*


DESAJUSTE


Uma borboleta intrusiva

Insiste entrar no casulo.

 

O experimento do mundo

fora demasiado doloroso.


(Confraria Poética Feminina, Penalux, 2016)


*-*

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