A POESIA DE AUTORIA FEMININA: DE ESPADA EM
PUNHO!
MariaElizabete Nascimento de Oliveira
JocineideCatarina Maciel de Souza
Após duas décadas do século XXI, quando o
céu do solo brasileiro projeta sair da cor cinza e surgem estrelas a esperançar
dias melhores, mulheres/brasileiras que vivem em diferentes espaços geográficos,
fortalecidas pela força artístico-literária se unem para se inscreverem na
história da literatura brasileira por meio da poesia. É, nessa conjectura, que exibimos
alguns fios dos muitos que encontramos no I Tomo das Bruxas: do Ventre à Vida (2021), uma coletânea de
poemas escritos por mulheres negras, indígenas, brancas e amarelas, dividida em
três partes, que de acordo com as organizadoras são as três condições
necessárias à liberdade.
Adotamos como metodologia a apresentação
integral de três poemas que compõem a coletânea, um de cada parte da obra. Da
parte I, intitulada: meu Corpo, minhas
Normas, meu Templo Sagrado, selecionamos o poema intitulado Pastoreio (p.73), de autoria de Marta
Cortezão; Da parte II, Dos Silêncios que
ardem no Fogo das Injustiças e dos prodígios da Palavra, escolhemos, Femina (p.142), de Verônica Oliveira; da
última parte III Da Chama Poética que
abrasa o Ventre Divino das Bruxas, temos o poema Borboletas (p.177) de Sandra Santos. Essas criações poéticas se
constituem como convites à leitura da obra completa e evidenciam a
sensibilidade da figura feminina ao tecer fragmentos de suas vivências e
utopias que, por sua vez, comparecem nesse espaço repletos de existências. No
sentido de que mesmo tratando-se, muitas vezes, de um espaço particular, há a
presença inegável do espaço coletivo, humano, que se imbrica aos liames
existenciais, como se pode conferir nas produções selecionadas, iniciando por Pastoreio, de Marta Cortezão.
PASTOREIO - Marta Cortezão
(p.73)
vinde, ó pastoras!
pastoreemos estes
prados
que outrora nos foram
negados
de pés descalços
dancemos sobre Gaia
que nutre vida viva palavra
abracemos nossa
dororidade
vigiemos nosso rebanho
cantemos à liberdade
substância
verbo
amanho
Na segunda estrofe, temos o verbo “que
nutre viva palavra”, é preciso desbravar os ritmos das linguagens e, nesse
sentido, reportamos à simbologia da palavra:
A palavra úmida germinou, como próprio princípio
da vida, no ovo cósmico. É a palavra que foi dada aos homens. É o som audível,
considerado como uma das expressões da semente masculina, o equivalente do
esperma. Ela penetra na orelha, que é outro sexo da mulher, e desce para
enrolar-se em torno do útero para fecundar o germe e criar o embrião. Sob a
mesma forma de espiral, ela é a luz que desce à terra, trazida pelos raios do
sol e que se materializa, no útero terrestre, na forma de cobre vermelho. (CHEVALIER;
GHEERBRANT, 2015 p. 679)
Na terceira estrofe, o eu-poemático clama para que demonstremos
afetos a todas as mulheres, tanto ao trazer o termo feminista cunhado em 2017,
por Vilma Piedade, dororidade, que compreende a dor de todas as mulheres,
focalizando especialmente na mulher preta, haja vista, que segundo a autora o
termo sororidade não contempla algumas especificidades que focalizam na dor
específica da mulher afrodescendente; quanto ao metaforizar a mulher, no
segundo verso. Além disso, convoca para que cantemos para a liberdade. Vejam ao
crasear a vogal à liberdade, o eu-poemático
deixa entrever que é uma convocação também a esta, já que ela inexiste no
presente.
É nesse ponto que a Dororidade se
instaura e percorre a trajetória vivenciada por Nós, População Negra, e, aqui
em especial, Nós – Mulheres – Mulheres Pretas, Brancas, de Axé, Indígenas,
Ciganas, Quilombolas, Lésbicas, Trans, Caiçaras, Ribeirinhas, Faveladas ou não,
somos Mulheres (PIEDADE, 2017, p.15).
Os três últimos versos são compostos das
três palavras chaves que sustentam as estrofes anteriores, a primeira é substância
que nos remete a ideia daquilo que é essência, inerente ao ser; a segunda é verbo
sugerindo a existência que se metaforiza em palavra e a terceira, a palavra amanho que se trata da arte ou técnica
para o manejo da terra. É interessante observarmos os degraus compostos pelas
palavras que, também, podem ser vistos em formato de espiral – substância,
verbo, amanho.
Nos doze versos que compõem o poema Pastoreio,
temos o fazer artístico integrando à escrita, à dança e à música. Linguagem
corpórea, que com ritmo e música salienta que não há restrição para ocupação
desses espaços, talvez a única regra seja vencer o medo e dançar descalças e
juntas em defesa da terra, que para nós, mulheres, é sinônimo da própria
existência. Numa linguagem que, também, poetiza o espaço vivenciado pela
mulher, apresentamos o poema: Femina,
de Verônica Oliveira.
FEMINA - Verônica Oliveira (p.
142)
Ah, me fascina essa
mulher que se entrega
Que se arrasta, se
magoa, se anula
E quando todos a julgam
apagada
Emerge das cinzas feito
a fênix
Ressuscitando a dignidade
e fortaleza
Me fascina vê-la
retomar o seu papel real
Brigar pelo direito de
ser independente
Defendendo os seus
anseios de pessoa capaz
Me fascina a coragem
de, mesmo sentindo
O coração esfacelado,
deixar ir o seu amado
A fim de preservar o
seu eu
Ah, me fascina a
malícia das senhoras
Que se transformam em
fêmeas cheias de desejo
Enroscando-se em seu
amado
E sorvendo dele todo o
mel
E quando as vejo assim,
seja nas manchetes, nas
filas,
Nas repartições,
passeatas,
Nos parlamentos
Nas escritas doídas
Ou em casa por opção
Me fascina ser mulher.
Se
a escrita de Marta Cortezão é uma convocação às pastoras que estão em diferentes
lugares e espaço no mundo, nos versos, de Verônica Oliveira, apresentam-se
nuances das artimanhas de sobrevivência dessas mulheres, que não sem dor se
atreveram, na “hora gris”, a ocupar o seu papel. A fascinação apontada nos
versos (1, 6, 9, 12 e 22), tem muito mais que o ato de admirar, mas carrega o
empoderamento de também assumir o lugar de mulher. Além disso, observamos como
o termo dororidade também está presente no poema de Oliveira implicitamente e,
mais abertamente “nas escritas doídas”. Há na escrita da mulher esse fazer
afetivo que carrega as várias mulheres que a compõem.
Nos dois
primeiros versos temos uma gradação com o uso dos termos (entrega, arrasta,
magoa, anula) que apontam as dores que as mulheres vivenciam
diariamente na luta pela sobrevivência. Ao refletirmos sobre a construção
desses versos nos chama atenção o uso da partícula “se”, que a priori
pode relegá-la à passividade. É importante visualizarmos como o eu-poemático aciona a fragilidade e o
poder feminino em ocupar espaços, enfatizando as inúmeras situações que, muitas
vezes, as condicionam a um lugar predeterminado, pois a ruptura dos
condicionamentos históricos e sociais é dolorida, está para além do exposto em
palavras porque se encontra intrínseco no corpo feminino, quer seja pela falta
de reconhecimento e ou por situações de ordem sociocultural, econômica e/ou
política.
No verso /E
quando todos as julgam apagadas/, temos a evidência de como a sociedade está a
todo tempo, colocando-a em situação de julgamento pelo fato de ser mulher. A
resistência feminina metaforizada na fênix desfaz essa ideia de passividade e
nos remete as estratégias que, ao longo da história, foram necessárias para demarcar
o ser feminino no mundo; no poema, essas marcas apresentam-se, sequencialmente,
com os verbos “retomar”, “brigar” e “defender”, para apontar as estratégias de
ruptura com luta e determinação pela conquista de um espaço de atuação.
Na história de
emancipação e de resistência da mulher, a dor e o apagamento tornam-se antídotos
para combater a maldade do mundo que as relegou aos lugares subalternos,
negando-lhes o acesso aos estudos, de modo a subjugá-las aos afazeres
domésticos. Quando em meio às estratégias e, quase sempre, em parcerias com
outras mulheres tinham acesso ao domínio da escrita, não podiam assinar seus
escritos, suas descobertas científicas e, nem mesmo, reger seus próprios
corpos, por isso a fascinação pode
ser entendida como a palavra-chave que norteia o eu-poemático de Verônica Oliveira.
Na perspectiva
acima, ressaltamos que: “[...] o poder, mesmo herético, teme a palavra das
mulheres. Ele tratou rapidamente de fechar-lhes a boca. [...] restaurar a ordem
é impor o silêncio a esta desordem: a palavra das mulheres” (PERROULT, 2005, p.
320). Por séculos, esse silenciamento imposto, muitas vezes, de forma a violar
o direito de SER mulher, fortalecido pela hegemonia do patriarcado e da própria
historiografia literária que demonstra o apagamento das mulheres na literatura,
como destaca Marli Walker (2021).
[...] a
condição da mulher escritora em Mato Grosso não diverge da realidade observada
em outras esferas, sejam nacionais ou civilizacionais. A literatura produzida
por mulheres em Mato Gross, em conformidade com o que ocorreu no país,
apresenta uma produção ainda marcada pelo protagonismo masculino no âmbito da
literatura, da cultura, da sociedade e da política. Dentre outros espaços, este
é um dos fatores que caracteriza as autoras mulheres como um grupo de
escritoras colocado à margem da historiografia literária do estado de Mato
Grosso em determinados períodos. (WALKER, 2021, p. 27)
Nos versos
(9,10,11), o eu-poemático nos
apresenta uma mulher que se prioriza e, ainda que seus sentimentos sejam
importantes com relação ao seu parceiro, é a autonomia do seu corpo que
prevalece. Ainda assim, o índice de feminicídio é elevadíssimo e cada hora
temos mulheres sendo violentadas e assassinadas no mundo. Todavia, a fascinação
pela coragem dessa mulher, que não aceita a violação de seu corpo, encoraja a
outras mulheres a se movimentar no seu próprio existir.
Ainda sobre a
autonomia dos corpos femininos afloram a libido da mulher nos versos 12,13, 14,
15, de forma autoral e sensualizada, algo proibido às mulheres do século XIX,
pois: “[...] historicamente situada na esfera dominada, foi duplamente
submetida à lei; pois, além de enquadrar-se às normas gerais, devia, ainda e
sobremaneira, subjugar-se à ordem masculina na relação conjugal” (WALKER, 2021,
p. 95), ainda de acordo com a autora é somente no século XX, que esse cenário
começa a ruir com a revolução feminista.
Justificamos
a escolha da palavra-chave fascinação, aliada ao conjunto desse tomo,
principalmente no sentido de poder de encantamento que a palavra causa, esse
corrobora com o uso do gerúndio nos versos (5, 8, 14 e 15), que denotam um
estado de permanência. A panorâmica de ocupação dos diferentes espaços citados
por Oliveira podem ser os prados a se pastorear de Cortezão.
Nos últimos versos,
a poeta Marta Cortezão, aponta para lugares, que com muitas lutas foram
conquistados e respalda a ideia de que a mulher necessita estar atenta aos
espaços que são de todos por direito. Por outro lado, ou talvez do mesmo lado, Verônica
Oliveira, no último verso: “me fascina ser mulher”, deixa subentendido a
fascinação do eu-poemático surge pela
conquista dos espaços. A seguir, descrevemos o poema de Sandra Santos que surge,
também, como um convite à conquista desse espaço, mas com especificidades
permitidas pelo campo semântico das palavras por ela selecionadas.
BORBOLETAS - Sandra Santos
(p.177)
Me deem borboletas de
presente
Quero deixá-las ir
Escolher do caminho, o
rumo
Do voo, a altura
Do espaço, o momento
Certezas... Abolir.
Bater asas
Beijar flores
Saborear amores
Deixem-me ser,
Eu mesma, uma borboleta
Desvairada, colorida
Passageira, reluzente
Tatuagem minimalista
Estampada em preto,
pele
E argumento
O poema Borboletas nos convida a despir das coisas funcionais e voltar a
olhar às experiências e às coisas destituídas do poder visto pela ótica do
capitalismo. E, ao mesmo tempo, se juntar ao eu-poemático. Os elementos sensoriais se apresentam leve na
linguagem adotada por Sandra Santos, para sugerir que, às vezes, é preciso
romper com as engrenagens que focalizam a sociedade mercantilista e vislumbrar
outros saberes que, muitas vezes, são efêmeros e passam despercebidos.
O conhecimento de sua linguagem permite
o acesso à intimidade de uma pessoa e de um grupo. Atacar uma linguagem
equivale a atacar um ser; respeitar uma linguagem é respeitar o ser que a fala.
Porque ela detém uma carga de energia, que provém de todo o ser e visa ao ser
por inteiro. A força do símbolo impregna dessa energia os signos e os suscita.
A linguagem permite que se participe de uma vida. (CHEVALIER; GHEERBRANT, 2015,
p. 552)
Ainda segundo os autores (p.138), devido à
“graça e ligeireza, a borboleta é, no Japão, um emblema da mulher”, destacam
que a ela está arraigado o símbolo de ligeireza e inconstância. Nos primeiros
versos o eu-poemático conclama,
também, o coletivo para o movimento, tal qual Cortezão, e poetiza: “deem-me
borboletas de presente”. Um mesmo chamamento, com roupagem diferente,
substância e verbo tecendo danças diversas nas escritas femininas, mas num
mesmo ritmo. Vejam que o eu-poemático,
aqui, também canta à liberdade: “Quero deixá-las ir/Escolher do caminho, o
rumo/Do voo, a altura/Do espaço, o momento/Certezas... Abolir”.
Em tempo, destacamos que não somos alheias
às fragilidades desses corpos femininos que ora regam as páginas da antologia,
muito pelo contrário, como pesquisadoras e estudiosas das linguagens,
refletimos também sobre os fatores contextuais e os intratextuais que, não em
raras exceções e, de acordo com os mais conservadores, ferem as normas e
convenções da linguagem e, não menos, também incomodariam àqueles que buscam
descobrir os métodos por trás dos signos. Mas, a nós que compreendemos todo
percurso com seus desvios e aprendências, sabemos que a coragem dessas mulheres
em adentrar esse espaço instituído e instituinte reafirma seus protagonismos no
curso dessa história, outrora, escrita apenas por homens.
Os três substantivos que fecham o poema de
Marta Cortezão, também, bailam aqui nos versos da segunda parte do poema de
Sandra Santos, pois a substância e o verbo estão contemplados nos versos
“Tatuagem minimalista/estampada em preto, pele/e argumento”, e o amanho,
a arte de cuidar da terra, está implicitamente bordado nos versos: “Bater asas/Beijar
flores/Saborear amores” porque cuidar da terra é, também, cuidar de nós mesmos.
Nessa conjectura, somos convocadas pela memória à música de Geraldo Vandré:
“para não dizer que não falei das flores”, que nos remete ao poder da coletividade
empunhando a arma do sensível.
A ocupação de espaços evidenciados no
poema de Verônica Oliveira, de certo modo, também, se presentifica em Sandra Santos, que pelo voo da borboleta
sugere abolir as certezas e promove o voo livre em outros caminhos e rumos.
Ademais, quando o eu-poemático
revela: “Tatuagem minimalista/Estampada em preto, pele/E argumento”.
Podemos inferir sua fascinação pelas coisas simples que corroboram com o verbo,
com a linguagem do corpo, no entanto, com uma linguagem adocicada pelas imagens
que reverberam de seus versos. Nesse ínterim, vale destacar que:
[...] dadas às diferenças históricas
estabelecidas entre o homem e a mulher, advindas do patriarcado, cabe à mulher
assumir a tarefa de construir seu lugar no universo da ficção e, portanto, da
linguagem a partir de uma postura feminina que implica, necessariamente, entender-se
e se manifestar como mulher, sem ressentimentos em relação ao sexo oposto.
(WALKER, 2021, p. 27)
Há nos três poemas, a presença forte e
sensível da mulher que se reinventa, se coloca no protagonismo e na ocupação
dos seus espaços, no domínio dos seus corpos e em defesa dos seus ideais. Como,
diria Nelly Novaes Coelho (1993), para além de poética, as viscerais
experiências de vidas que exalam dos poemas, aqui trabalhados, estão
encharcados de profundas e específicas experiências de mulheres. Acreditamos
que os poemas trazem questões que em essência se metaforizam em sementes, pois anunciam
a aurora de outros tempos à produção de autoria feminina e/ou à produção de
mulheres-poetas que assumem espaços aparentemente comuns, mas que em sua
essência trazem sentidos diversos e eloquentes. Para além do espaço de
resistência política, sociocultural é, sobretudo, na linha existencial,
ontológica que os poemas podem alçar voo numa mesma direção, uma linha tênue e,
muitas vezes, invisível porque coexiste a sensibilidade de corpos de mulher,
sua identidade poética, ora deusa, ora demônio; mas sempre carregada de
vivências, transformadoras e capazes de rastejar, mas também, de levantar voos
numa mesma proporção de leveza, simplicidade e retidão. São poemas que trazem
linguagens de corpos específicos, que se conjugam e se encontram em memórias e
sonhos, se unem para celebrar o espaço feminino em suas dimensões mais íntimas
e profundas. Portanto, de espada em punho, bradamos todas com a lâmina afiada:
poesia!
REFERÊNCIAS
CACAU,
Patrícia; CORTEZÃO, Marta. I Tomo das
bruxas: do ventre à vida. Juiz de fora, MG: editora Siano, 2022.
CHEVALIER,
Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de
símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores,
números). Rio de Janeiro: José Olympio, 2015.
COELHO,
Nelly Novaes. A literatura feminina no
Brasil contemporâneo. São Paulo: Siciliano, 1993.
FERNANDES,
Frederico Garcia. Corpo-memória e a poética da resistência: apontamentos
sobre literatura e performance na América Latina. In: BARBOSA, Sidney;
SILVA-REIS, Dennys. (Org.). Literatura e outras artes na América Latina.
Campinas: Pontes, 2019. p. 295-322.
GIGLIOLI,
Daniele. Crítica da Vítima. Tradução Pedro Fonseca. Editora Âyiné. Belo
Horizonte/Veneza, 2016.
WALKER,
Marli. Mulheres silenciadas e vozes
esquecidas: três séculos de poesia feminina em Mato Grosso. Cuiabá: MT: Carlini
& Caniato Editorial, 2021.
PIEDADE, Vilma. Dororidade. São Paulo: Editora
Nós, 2017.
Elizabete Nascimento: Doutora
em Estudos Literários, poeta, professora e mulher que sonha com equidade.
Livros: Educação Ambiental e Manoel de Barros: diálogos poéticos. São Paulo:
Paulinas (2012); Asas do inaudível em luzes de vaga-lume. Cuiabá/MT: Carlini
& Caniato (2019), Sinfonia de Letras: acordes literários com Dunga
Rodrigues. Paraná: Appris/2021. Professora, DRE-Cáceres/Mato Grosso-Brasil.
Jocineide Maciel é Quilombola Pita
Canudos, graduada em Letras, Mestre em Estudos Literários e Doutoranda no
Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários PPGEL/UNEMAT (2021).
Experiência na área de Letras, ênfase em Literatura Brasileira; atua
principalmente nos seguintes temas: literatura mato-grossense, historiografia
literária, Literatura de Autoria Feminina, literatura e ensino, letramento
literário, literatura afro-brasileiras e Poéticas orais. Membra fundadora
(2017) do Coletivo de Mulheres Negras de Cáceres/MT.
Marta Cortezão é escritora e poeta. Possui publicações em antologias nacionais e internacionais.
Livros de poesia publicados: “Banzeiro manso” (Porto de Lenha Editora, 2017),
“Amazonidades; gesta das águas” (Penalux, 2021), Zine “Aljavas para Cupido” (2022)
e, no prelo, “meu silêncio lambe tua orelha” (Toma Aí Um Poema Editora, (2023).
Colunista da Revista Literária Voo Livre. Idealizadora das Tertúlias Virtuais (Prêmio
APPERJ/2021), do blog Feminário Conexões e, em parceria com Patrícia Cacau, do
Projeto Enluaradas.
Verônica Oliveira é educadora com formação em Letras pela
Universidade Estadual do Ceará. Participou da coletânea Palavra Russas (2011) e lançou seu primeiro livro de poesia Entre a Bruxa e o Dragão, em 2014.
Participou durante a pandemia das coletâneas Conexões Atlânticas e Ecos do Nordeste e da antologia Mulheres,
Afetos e Liberdade.
Sandra A. Santos é pedagoga com especialização em Educação Ambiental, ambientalista
apaixonada pela natureza e pela vida em todas as suas formas. Hoje aposentada,
dedica-se à literatura, escrevendo contos, romances e poesias que giram em
torno do universo feminino. Com trabalhos publicados em antologias no Brasil e
na Argentina.