A ERA DOS AGELESS
Aí que entra o poder de se reinventar diante às adversidades, sem surtar, ou retalhar sua alma…a certeza, que vem fazendo o que tem que ser feito, ouvindo a voz interior, não ouvindo a voz interior e quebrando a cara, aprendendo de joelhos debaixo do chuveiro, num grito mudo e convulsivo. A gente sai renovada! Pronta pra seguir em frente. Seja pra onde levar o coração… e, muito provavelmente, estarei quebrando a cara de novo… ou não! Tô mais sabida agora!
Tudo isso porque fui ler uma matéria sobre pessoas que se auto intitulam Ageless. O que , pra mim, não passa de mais uma estratégia inócua, de pessoas que não se sentem fortes o bastante para enfrentar o envelhecimento. Não critico, nem julgo, mas me permito dizer minha idade, com um certo orgulho interno, uma vaidade sarcástica, pode ser. Mas agora, faltando seis meses para fazer 60 anos, bateu um olho no olho no espelho. Um vai ou racha comigo mesma! Foi tenso. Fizemos acordos, projetos e nos comprometemos a cumprir.
O tempo passa rápido, não dá mais tempo de ser nada além de mim mesma, quem eu sou já foi construído, se fosse uma obra de arte seria a "Catedral de Gaudí" em Barcelona. Toda feita de pequenos cacos e artefatos. Sabe? Já foi, de agora em diante é aprimorar o ser que você já é. Ou então enfrentar as consequências de não ter tido coragem de viver a vida, mesmo que isso incluísse se atirar no abismo do desconhecido. Eu me atirei…dei o salto da fé, me taquei lá de cima!
Portanto, tenho, sim ,direito de me olhar olho no olho no espelho e concordar com o Cazuza: "Mas se você achar
Que eu 'to derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não para"
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Bela reflexão, Rita! Acho que não só utilitarismo, mas também há um certo "medo" social da sabedoria da mulher. Quando começamos a sair do papel de "jovem donzela inocente" a sociedade começa a nos engolir a seco. E se somos aparentemente jovens também é como se devemos silenciar qualquer aprendizado que tenhamos. Quanto mais velha e mais sábia, menos manipulável. Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirQuerida Carolina, de fato, somos espreitadas bem de perto...mas não o suficiente para nos intimidar ou nos calar. Muito importante esse nosso movimento de libertação pela palavra , quanto mais unidas e numerosas formos, mais medo terão, e nós ouvirão, na marra! Beijos!!
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