quinta-feira, 21 de outubro de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|67




Momento com Gaia/67

 

Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:

Para ouvir o PODCAST clique AQUI.


Luz dos meus olhos

 

À Luiza Nascimento e Campos

 

ela era luz dos meus olhos

meus pés, meus passos

meus braços e abraços

 

minha memória olfativa

minha guardiã, minha vida

exemplo perfeito em tudo

 

seus dias eram planejados

com atenção, zelo, cuidado

fios de seda e algodão, tecelagem

 

para cada ação uma obra de arte

bolo caseiro sobre a toalha bordada

vaso adornado com flores do cerrado

 

casa feita de adobe e chão batido   

fogão de lenha, corpos aquecidos

café de grãos colhidos, torrados e moídos

 

lembranças das relações familiares

bonecas de pano e pó de serra

coloridos cabelos de raleadas linhas

 

você se foi, restou o olhar expandido

às pequenas coisas dessa casa temporária

experiências, lições de amor e legados





FEMININO SELVAGEM & CONTEMPORANEIDADE

 


FEMININO SELVAGEM & CONTEMPORANEIDADE|02


A PRESENÇA DO FEMININO SELVAGEM NO PROJETO ENLUARADAS: 'SE ESSA LUA FOSSE NOSSA' E 'UMA CIRANDA DE DEUSAS'

 

 POR ISA CORGOSINHO

 

    Além das condições objetivas sociais, culturais e políticas, que impulsionam o atual fluxo da criação literária feminina, o resgate do feminino selvagem parece ser uma exigência nesses tempos de embrutecimento dos sentidos e deturpações dos espaços sagrados. A lua, com todas as significâncias herdadas de épocas atemporais na literatura, é uma metáfora-lugar que as organizadoras Marta Cortezão e Patrícia Cacau criaram, convite afetuoso às mulheres para que retirem seus escritos criativos das gavetas e ofereçam à Deusa Selene, que ocupem os espaços poéticos virtuais, como meios de acolhimento, circulação e publicação.  

    As temáticas são livres, mas é possível observar um fio sutil da potência norteadora da mulher selvagem nos processos criativos. O que vem a ser essa mulher selvagem? Segundo Clarissa Pinkola Estés[1], do ponto de vista arquetípico, bem como na tradição de contadoras de histórias, ela é a alma feminina, é a origem do feminino, envolve o ser alfa matrilinear.   Ela é tudo que for instintivo, tanto no mundo visível quanto no mundo oculto; pode-se nomeá-la de natureza básica, inata; na psicanálise, a partir de diversas perspectivas, de id, de Self, de natureza medial; na biologia seria chamada de natureza típica ou fundamental.  Nas mulheres que saem às ruas em protestos contra o feminicídio, os assassinatos de seus filhos, confrontando instituições autoritárias e repressivas, assumidamente patriarcais, sexistas e misóginas, está a mulher selvagem com a garra da coragem, é ela que se enfurece diante das injustiças.

    Mas em meio às lutas, entrega-nos os instrumentos de que precisamos e nos impulsiona a sermos multilíngues: fluentes no linguajar da paixão e erotismo, dos sonhos, da prosa e da poesia. A mulher selvagem desdobra-se em ideias, sentimentos, impulsos e recordações, é a que gira numa roda enorme, é a criadora dos ciclos. Podemos encontrá-la nas matas, nos rios, caminhando pelos subúrbios e praias, perambulando pelas cidades, guetos, vive entre as mulheres do campo, nas fábricas, nos escritórios, nas universidades, nas ruas, nos presídios e também entre as refugiadas. Ela está ali, mesmo nos momentos de longa depressão, pânico, solidão. Quando saem do exílio de si mesmas, as mulheres se lançam em voos livres, em leituras profundas, prazerosas, nos exercícios vigorosos dos processos de criação: resolvem aprender a dançar, cantar, pintar, plantar, desenhar e escrever novos sentidos para um mundo em exaustão.

    Na escuta atenta da interpretação, observamos que as questões da alma feminina estão subjacentes aos seus escritos criativos. As mulheres descobrem na arte da escrita a beleza como ato de resistência, e se postam em confronto à cultura que tenta esculpi-las num formato intelectual mais aceitável para os detentores do poder. A ambivalência da mulher selvagem constitui a força criadora que objetiva a recuperação e o resgate da potência psíquica da mulher. É ela que transforma suas obras em seres de linguagem autônomos e transformadores.

    O convite às mulheres a bailarem sob a potência lunar, significa considerar o uso de suas palavras como insubstituíveis instrumentos para abertura de passagens e reencontro com o nosso parentesco com o absoluto, com a nossa dimensão numinosa, misteriosa. Guiadas pelos ciclos lunares, podemos nos proteger de relacionamentos de qualquer natureza que se tornaram espectrais pela negligência, domesticação ou violência.     

    A ciranda com a deusas relembra o movimento de uma dança circular atemporal, que une as mãos e os corpos das mulheres, geralmente em torno de um ou mais elementos como o fogo, a água, as árvores etc. A ciranda nos convida a dançar com as nossas ancestrais, e elas nos ensinam que, por meio de seus corpos, as mulheres vivem muito de perto a natureza da vida-morte-vida, da natureza cíclica de tudo. O canto, proferido pelas mulheres em roda, são capazes de curar ferimentos profundos, são alentos mágicos que restauram os corpos. Dizem as mitologias que os mortos podem ser ressuscitados ou invocados por meio do canto. O canto com as deusas pode ser uma fonte misteriosa, que gera vida, criação. Segundo Pinkola, na literatura oral, diz-se que tudo que tem seiva tem canto.        

    Na companhia das Mulheres enluaradas e na Ciranda de deusas, encontramos alteridades complementares do feminino contemporâneo nas digitais poéticas, prismáticas formas e conteúdos apresentados em saraus, tertúlias, blogs, publicações virtuais e impressas.

    É para liberar nossa seiva criativa no fazer poético que a deusa amazonense Marta Cortezão e a deusa nordestina Patrícia Cacau nos convidam. Agradecidas e lisonjeadas, aceitamos o convite para bailar sob a lua a ciranda das deusas no processo criativo e edificante da poesia!      

    Deixo aqui um canto poético para bailarmos juntas. A mãe Terra e sua filha Natureza guiam essa ciranda de mulheres criativas. Eis aqui parte do pulsante legado do feminino selvagem que habita entre nós.         

           

Ciranda das Deusas líricas 

Para ouvir o podcast do poema, clique AQUI

Eu sou Gaia Gaia Gaia
de marré marré marré

Cantavam em roda
as deusas da Terra
descalças felizes
cheirando excitante rapé

Eu sou Pachamama
de marré marré marré

Respondiam as filhas da Baba Yaga
vestidas de peles
brincos de ossos
chales de teias giravam no afoxé!

Quero vossas filhas
mágicas humanas terráqueas
Lilith, Eva, Maria
Evoé!

A deusa Gaia acatava:
levem a epifânica Clarice, Tarcila, Pagu, Muylaert
Hilst vai na frente com falos, ondas de gozo, ouvindo Elis, Cássia Eller, Rita Lee na maré!

Não esqueçam Marielle que da luta nunca arredou pé!
Todas acolhidas no quarto de despejo de Carolina
com boa prosa, quente café!

Dou-lhe em troca, Baba dizia:
telúrica Cora, vertiginosa Isadora Duncan, cosmopolitas Ana Cristina e  Carla Camurati, acompanhada de Joaquina!

Entre também nessa roda, Adriana, meu Calcanhotto de Aquiles!
A roda sagrada das deusas 
girando plena e lírica

Eu de pobre muito rica
de marré marré marré
essas deusas me habitam
na lua rosa minguante cheia

Seja fria a pólis doente perversa feia
deito no colo delas
meu corpo exausto revigora
e a mente inquieta vagueia

As cordas do coração aceleram
e os olhos não mais pranteiam!

Isa Corgosinho
26/05/2021

 


[1] ESTÉS, Clarissa P. Mulheres que correm com lobos. Trad. Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

 


 

 


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|66




Momento com Gaia/66


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá




Para ouvir o PODCAST clique AQUI.


Poder ser


tenho buscado cada vez mais

saber qual é o meu lugar de poder

poder compartilhar sonhos e colaborar


dividir jardins, trocar receitas

passar um cafezinho fresco sobre o muro

e degustar falando alto e rindo muito


preparar comidinhas nutritivas

para os amigos, os amores 

os gatos, os passarinhos, os cachorros


agradecer a cada flor que desabrocha

do pequeno jardim de coloridos vasos

pedir desculpa quando esquecer de regá-la


conversar em segredo com a árvore da vizinha

e chorar de felicidade com a primeira flor

sentir o cheiro, ouvir o som das abelhas


ser a companhia preferida do silêncio

a maior fã das composições do vento

convidar a lua e as estrelas para bailar


como é bom poder servir

poder ser e acontecer

tudo que nos dá prazer




terça-feira, 12 de outubro de 2021

EMPOEME-SE EM POESIA: Poema de Margarida Montejano


EMPOEME-SE EM POESIA
/19



Leitura de Marta Cortezão

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RELEITURA EM MEIO ÀS BRUMAS


Toco-me. Examino seios e mamilos.

Cenas que se repetem frente ao espelho.

Vejo-me lúcida e real. Vincos e sulcos marcam meu rosto,

desenham nele minhas experiências, minhas dores e amores.

Tento decifrar o meu ser e ponho-me a escrever quem eu sou. 

Retrato-me. Rascunho um poema de mim e um texto assim me desvela. 

Sou ela. Sou eu. Menina, moça, mulher. Assim me revelo 

na imagem e semelhança da grande senhora.

Viajo às terras de Avalon e, como uma ninfa, me deito 

e me entrego às festas da natureza.  Nas brumas, enxergo. 

Sou a natureza.


Percebo-me. Releio-me:

Sou a louca do dia

quando defronto-me com injustiças.

Brigo. Grito e saio em defesa do que acredito ser certo.

Sou a loba da noite

quando, em insônia, perambulo pelas ruas 

à procura de respostas às incógnitas da sorte.

Sou a santa que vela pelos incautos e puros. 

Oro por eles em silêncio sem que me vejam.

Sou a devassa que diz as regras, 

quando o machismo impera.


Sou a  deusa que se dá sem reservas, 

pois o amor é doação.

Sou a madrasta que diz não,

quando a regra é dizer sim.

Sou a lágrima sincera,

o sentimento profundo.

Sofro como mãe, a dor do mundo

e na morte, sou a vida.

Sou a dor, a lágrima. O riso livre.

As regras das meninas

que chegam sem dar aviso.


Sou o viso na inocência

cambaleante da adolescência.

Sou a ancestralidade

da mãe, da filha, da prima,

da tia, da avó.

Sou mulher

que não remedeia, faço tudo por inteiro.

Sou, em essência divina,

Deus traduzido 

no corpo, na alma

e na veia.


Sou a deusa de toda hora

para toda obra, porque…

sabedoria é também senhora!

Sou poesia, canção

e a entonação das sereias.

Sou lua cheia, minguante e nova,

cresço e encanto em cada fase.

Sou eu, sou você, somos nós

numa só voz e, de mãos dadas, seguimos

juntas, na caminhada.

Somos a estrada, a surpresa e a alegria da chegada.


Somos o tudo e o nada. 

Somos a contradição, mas somos nela o amor.




MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|65



Momento com Gaia/65


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá



Para ouvir o PODCAST clique AQUI.


Em todo lugar


um fio de esperança me invade

com a incerteza do reencontro

amanhã ou daqui a uma eternidade


por hora continuo de luto

ausente da minha própria presença

e das coisas supérfluas do mundo


na minha insana loucura

ainda ouço o telefone tocar

e me lembro que tinha que te ligar


para conversarmos amenidades

e dizer que embora seja cedo

eu sinto tanta, tanta saudade


sua presença esta em todo lugar

seu cheiro impregnado em mim

como se estivesse aqui ao meu lado


minha fragilizada memória oscila

entre a realidade e a imaginação

como se isso fosse apenas uma confusão


nunca fui dada à despedida

faço de conta que você está escondida

atrás da porta como fazia quando criança




sexta-feira, 8 de outubro de 2021

NAS TEIAS DO POEMA VIII: ENTRE PERCEPÇAO E MEMÓRIA

 


NAS TEIAS DO POEMA VIII: ENTRE PERCEPÇAO E MEMÓRIA


Por Marta Cortezão

 

A realidade apenas se forma na memória; as flores que hoje me mostram pela primeira vez não me parecem verdadeiras flores. 

{Marcel Proust}

 

No oitavo episódio do Nas Teias do Poema, um quadro realizado pelo Projeto Enluaradas, vamos dialogar sobre o “fazer literário” que se (entre)cruza neste processo de criação da escrita, nestas teias que se (des)tecem no corpo do poema. Para nosso encontro poético de hoje, teremos a companhia das autoras:

MARIA DO CARMO SILVA. Natural de Mutuípe-BA (Brasil). Professora, poeta e escritora. Membro do Mulherio das Letras e da Academia Internacional Mulheres das Letras. Autora do livro de “Poesias Retalhos de Vivências”. Participa de várias Antologias. Colunista no site de notícias: Tribuna do Recôncavo;

PATRÍCIA CACAU, atualmente vive em Linz, Áustria, é empreendedora e ativista social, incentivadora do Mulherio das Letras Ceará, Áustria e União Europa. Escreve desde a adolescência, sua escrita nasceu no coletivo Mulherio das Letras Europa. Idealizadora do Projeto Enluaradas. Participou de coletâneas/antologias no Brasil e Europa. Livro individual Quintais (In-finita/PT, 2020); 

LUCILA BONINA é natural de Manaus, mas reside em Vargem Grande Paulista, SP. Desde sempre as artes da palavra povoam seu universo pessoal com histórias, poesia e música. É professora de Língua Portuguesa, Mestre em Letras e Artes e narradora de histórias. Publicou poesia nas Coletâneas Enluaradas Se essa lua fosse nossa; Coletânea I do Mulherio das Letras na Lua e Coletânea 2021 do Mulherio das Letras Portugal; 

MARTA CORTEZÃO nasceu em Tefé/AM, mas mora em Segóvia/ES desde 2012. É escritora, poeta, tradutora, trovadora, ativista cultural, idealizadora dos projetos Enluaradas, Tertúlias Virtuais, Ajuri Cultural e do também do blog Feminário Conexões. Tem obras (poemas e contos) publicadas em antologias, tanto nacionais como internacionais; Livros de poesia Banzeiro manso e Amazonidades: gesta das águas (no prelo).

Neste oitavo episódio, desejamos falar sobre estes fios da memória que se laçam e se entrelaçam no exercício de nossa escritura. Quais são este(s) gatilho(s) capaz(es) de fiar este sudário na carne nua/crua da linguagem? Em que campos de nossas percepções estas sensações afloram? Que sabor(res) ou cheiro(s) nos levarão a um poema? Que “madeleines de Proust” preparamos no “forno” de nossa memória?   

Mas como o escritor francês Marcel Proust concebe esta memória em sua famosa série de sete romances, “Em busca do tempo perdido”? Para Proust, a apreensão da realidade se dá de forma inconclusa e insuficiente, pois a memória involuntária é vista como catalisadora de um tempo perdido, resgatado e ressignificado pelo intelecto através de fragmentos temporais que nos dão uma imagem relativizada da realidade plena:

“[...] nem tudo o que acontece me ocorre: o sino tocando em Saint Hilarie. Muitas vezes até essa hora prematura soava duas batidas a mais que a última, havia, portanto, uma que eu não ouvira, algo que não acontecera para mim” (PROUST apud PEREIRA, 2014, p. 10-11).

Esta perene dinâmica de reconstrução da memória, de caráter plural e instável e que beira a fantasia e a invenção, trouxe-me a imagem de Penélope, a que retoma, em sua longa espera, os fios da memória para dar forma ao manto de tessitura caleidoscópica, incessante e complexa. E nós, mulheres escritoras do século XXI, desta avassaladora contemporaneidade, o que temos a dizer, em primeira pessoa, sobre nosso “fazer literário”? Sobre este exercício de intensa subjetivação, mas, paradoxalmente, sedento de dialética, pleno de constância e inconstâncias? Como pensar estas teias involuntárias, nas quais nos prendemos pelo fascínio que a arte literária exerce sobre nós?

O texto literário é o suporte para a produção destas memórias imagéticas, devido à liberdade ficcional e polissêmica que o habita. E por que não usar a metáfora de que o texto literário é o intérmino sudário tecido pelos fios da memória que se (re)modelam na busca proustiana pelos instantes revisitados no rastro da insuficiente memória involuntária do passado?

Você é nossa/o/e convidada/o/e especial para este encontro! Venha nos fazer companhia e enriquecer nossos diálogos através de comentários! Até logo mais!

REFERÊNCIAS:

BOSI, Eclea. Memória e Sociedade: lembrança de velhos. São Paulo: Cia as Letras, 2003.

PEREIRA, Danielle Cristina Mendes. Literatura, lugar de memória. Disponível em https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/download/16314/12499. Acesso 7 de Janeiro de 2021.

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EDITAL ENLUARADAS II TOMO DAS BRUXAS

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