Por Vânia Alvarez
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Ela se foi tão inesperadamente
E não houve tempo para adeuses
E agora anda-se
Pelos cantos de nossa morada
Para ler as marcas
Da sua ausência-presença
E existem coisas
Não recolhidas
Livros ainda abertos
Pertences soltos
Perfumes no ar
E pequeninas vaidades
Que ficaram, ali,
Como a esperar
Que contemos suas histórias
É assim mesmo!
A saudade vai tomando conta de tudo
Até que o simples cantar
De um pássaro
Num fim de tarde
Vai provocar lágrimas
O cheiro de comida deliciosa
Vai lembrar bons momentos
Uma data
Um aniversário
Uma comemoração
Uma surpresa
Uma viagem
Uma foto
Um mimo
Tudo vai ficar
Bem vivo na memória
E a saudade, dona de tudo,
Vai passear lentamente
Nas terras
Onde ninguém andou…
E a saudade, dona de tudo,
Vai lembrar, sempre,
Que essa dor não vai passar
Dias
Meses
Anos
Serão um mero detalhe
De uma história
Que começou agora
E não terá fim
A saudade agora escreve
A segunda parte da minha história
Sem a presença física
De Dona Elvira, minha mãe!
(15/08/2020)
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