quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Distopias Utópicas


Poema/01

 

Por VâniaAlvarez

 

Eis que chega

O último dia distópico

De um tudo ou nada

Que nos ensinou a sermos sós

Ensaio desse estranho viver

O medo de morrer

Cidades apocalípticas

Pessoas em escombros

Corações cheios de dor

Andrajos atônitos

E foi assim que escrevemos

O amar à distância

Sem toques efusivos

Sem abraços loucos

Sem palavras de felizes festas

Último dia distópico

E escrevemos com lágrimas e borrões

A poesia do sempre querer

A poesia do agora

Reaprendendo a ser quase tudo!

No modificado instante

Da vida passada a limpo

Aprendemos que somos

Quase nada

Diante do poema que calou-se!




 

4 comentários:

  1. Dessa vez não ocorreram as palavras de "felizes festas"... Deveriam ter sido "felizes aprendizados" e desconfio seriamente que não foi assim... Restou-nos, ainda bem, ter a felicidade de teus versos e ensinamentos poéticos riquíssimos!

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  2. Feliz é pouco, que eu aqui do Pará, da Amazônia, do Brasil, uma tupiniquim, seja o destaque de abertura desse ano poético.

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  3. Nós agradecemos muito sua contribuido poética maravilhosa! Estaremos por aqui à sua disposição.

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