quarta-feira, 11 de agosto de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|56



 

Momento com Gaia/56


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá




Para ouvir o PODCAST clique AQUI.


Mãe de leite


minhas primeiras lições de solidariedade

iniciou-se logo após meu nascimento

com uma rainha que aprendi chamar de mãe


no pequeno povoado rural

a vida não era nada fácil

mas tinha quem nos ajudasse


éramos regidas pelas fases da lua

os quatro elementos, as quatro direções

as quatro estações, a vida coletiva


minha mãe teve muitos filhos

parto normal, amparados pela parteira

filhos vistosos e saudáveis


dos seios o leite jorrava em abundância

para os filhos seus e os filhos das outras 

todos nós tínhamos irmãos de leite


essas memórias de amor e desapego

ensinaram-me a dividir sempre

com o olhar distante da competição


é bem mais fácil segurar a mão

seguir lado a lado como iguais

para superar as desigualdades sociais




segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


(Lua Nova, de 08 a 15//08)/27


Por Ana Luzia de Oliveira

 

A Lua é Nova, renove-se você também!

 


 

Gorgeio. Este pequeno pássaro não para de cantar, mas, às vezes, silêncio é ouro! É exatamente sobre isso que a cartinha deste ciclo nos alerta. Falamos demais, esbravejamos, contamos vantagem, nos lamentamos, desperdiçamos nossa energia com palavras que, naquele momento, se perderão no vento. Devemos ficar atentos ao tempo de recolhimento que a Lua Nova nos propõe. Não precisamos sufocar nossa expressão, mas também não precisamos nos desgastar quando nosso corpo e mente pedem calma, reflexão e descanso. Há tempo para tudo e sabedoria é aproveitar o que o fluxo nos traz e aonde ele nos leva.  

 

Como embarcar neste fluxo de energia se não o vemos?

 

Cesto. Nossos recursos são infindáveis, é a nossa percepção limitada que nos faz sentir contidos. Quando você ouve essa afirmativa, o que você sente? Verdade? Mentira? Possibilidade? Sim, pense em um campo de possibilidades infinitas. Mesmo quando recolhidos, não estamos ausentes de nosso Eu criativo. Apenas o estamos alimentando com a energia que ele necessita para criar mais. Estar o tempo todo em combate, defendendo ideias, conquistando espaços, requer descanso e um tempo para reorganizarmos nossas capacidades, analisarmos as situações, traçarmos estratégias. Reflexão e meditação também são formas de expressão do nosso Eu ao Universo, ainda que silenciosas!


Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


As Lâminas da Mãe Terra são um oráculo formado por frequências que foram intuídas, apresentando-se em imagem, nome e funcionalidade, representados por Ana Amélia Moura, Ana Luzia Oliveira e Neysi Oliveira, em processo de canalização. 

Suas cartas podem ser interpretadas por seus significados arquetípicos e, também, podem ser tomadas por frequências que nos auxiliam naquilo a que se propõem ativamente.



Sua leitura destina-se a fins terapêuticos e de autoconhecimento, para ampliar a consciência das dinâmicas que existem em nossas vidas e dos recursos que temos para solucionar as questões que se apresentam.


 

sábado, 7 de agosto de 2021

HOJE, SÁBADO (07/AGO) TEM CIRANDA DE DEUSAS / IX: LEITURAS POÉTICAS! VEM VER!?

 


 UMA CIRANDA DE DEUSAS/ IX: LEITURAS POÉTICAS

“Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.

{Simone de Beauvoir}

Este quadro é mais uma ação do Projeto Enluaradas cujo objetivo é divulgar a Literatura Contemporânea do Feminino. O Enluaradas é o projeto-abraço que não apenas publica autoras, mas que constrói História fazendo Literatura.

 

Somos um Movimento Literário que busca aprender a pensar coletivamente dia após dia, porque entendemos que "o voo só pode ser pleno quando em bando". Nossa prioridade é contribuir para a consolidação da mulher no espaço literário. Quanto mais nos distanciamos dos vícios humanos que nos provocam a sede de protagonismo e nos desviam de nossos ideais coletivos, mais nos aproximamos da concretização de nossos sonhos, vez que a força está na sabedoria de "dar as mãos". Portanto, não esqueçamos NUNCA que DE MÃOS DADAS SOMOS DEUSAS; JUNTAS, AS ENLUARADAS!

 

Entrar em conexão com a força das Deusas, com o Sagrado Feminino é também conectar-se com nossa força interior, é mergulhar profundo em nossas emoções. É, ainda, acessar o portal do Sagrado Feminino de forma a estabelecer contato com o conhecimento Divino que habita cada uma de nós, mulheres e, por conseguinte, nos apropriarmos da Consciência Feminina por meio do amor, da ternura, da paciência e da Poesia.

 

A cada mão que seguramos nesta ciranda de Deusas é um universo sagrado que contemplamos. A sua trajetória de vida nos interessa, nos faz crescer, nos fortalece, porque, a cada voz que paramos a escutar se mistura a outras tantas e nos faz mergulhar, de forma particular e especial, no profundo rio da Consciência Feminina, numa conexão que vai além do humano, alcança esferas divinas outras, nos abraça, nos comove e nos enche de inspiração / paixão pela vida. É preciso alçar o voo para avistar novos prados, o “lugar-comum” que nos designaram, por força, nunca nos pertenceu.

 


Nossa 9ª Ciranda de Deusas acontecerá neste sábado, dia 07/AGO, às 17h30m (Brasília), será transmitido, via canal do Youtube Banzeiro Conexões e contaremos com a participação das autoras Deusas Enluaradas e Cirandeiras da Poesia:

Danielle Lopes é poeta, professora e contadora de histórias em formação. Doutora em Literatura e membro da AIML  e AALIB

Fátima Mota – Cearense, taurina, poeta. Seus textos estão publicados em sites, revistas literárias e livros didáticos. Participa atualmente de Antologias físicas e digitais.  Gosta de viajar, ler e escrever. É avó de Maria Yasmin, sua inspiração maior para poetizar a vida.

Lindevania Martins é maranhense, poeta, prosadora, pesquisadora, mestra em Cultura e Sociedade, mestranda em Direito Constitucional e defensora pública de defesa da mulher e população LGBT em São Luís do Maranhão. Possui quatro livros publicados, além de contos e poemas em diversas revistas e antologias. Ama livros, café e tardes chuvosas.

Maria Júlia Lobo – de Manaus, AM, Brasil – é Bacharel em Direito, pela UFAM, Auditora Fiscal do Trabalho. Pertence aos quadros da Academia de Letras do Brasil Amazonas; ALCAMA e ABEPPA. Tem livro de Poemas publicado, várias participações em Antologias e em Redes Sócias.

Zilda Dutra – nascida em Fortaleza-Ce – é professora de Língua Portuguesa.Graduada e mestra em Letras.Escreve poemas, contos e crônicas.Publicou sua primeira obra poética independente, em 2020, “De inferno e de flores”.Mantém uma conta no Instagran @projeto_poeme, de poemas autorais e de outros poetas.

Marta Cortezão – amazonense radicada em Segóvia/ ES, é escritora, poeta, ativista cultural, professora, tradutora. Mantém o blog https://feminarioconexoes.blogspot.com. Participou de diversas antologias/revistas nacionais e internacionais. Livros de poesia “Banzeiro manso” e “Amazonidades Poéticas – Cultura e Identidade” (no prelo).

Nossa Ciranda de Deusas reverenciará, através de leituras poéticas, autoras de diversos coletivos femininos nacionais e internacionais. Vejamos: 

 

1. Leituras poéticas de DANIELLE LOPESDill Santos (poema “Identidade Negra”), Kenia Mateus (poema “Vagarosamente vou”), Fernanda Pires Sales (poema "Convite") e Flávia Belo (poema “Dança da libertação”);

 

2. Leituras poéticas de FÁTIMA MOTA: Juraci Cruz (poema "O mar e o amor”), Sidelia Campos Xavier (poema “Vibra a palavra”), Dirce Carneiro  (poema “Mulherio”) e Marta Cortezão (poema “Quem me dera um guarda-sol...”);

 

3. Leituras poéticas de LINDEVANIA MARTINSDivanize Carbonieri (poema "Carniçaria”), Adriana Gama De Araújo (poema “Voyeurismo”), Rossana Jansen (poema “Devir”) e Liana Alice (poema “A Transposição Do Amor”);

 

4. Leituras poéticas de MARIA JÚLIA LOBOFátima Lira (poema “Indecisão”), Joana Baraúna (poema “Tela Vazia”), Doroni Hilgenberg (poema “Hino às Letras”) e Arlene Paula Paiva (poema “Pedaços de mim”);

 

5. Leituras poéticas de ZILDA DUTRAPatricia Cacau (poema “Quintais”), Camila Rodrigues (poema “Estou economizando as palavras”), Dani Carvalho (poema “Petalasas”), Ametista Pinho (poema “Difícil sentir as coisas agora”).

 

Contamos com a sua especial presença para fazer girar esta Ciranda de Deusas através da arte da Poesia. Esta Ciranda é nossa! Visite o canal Banzeiro Conexões, inscreva-se e ative as notificações para não perder esta e nem as próximas cirandas poéticas!




sexta-feira, 6 de agosto de 2021

NAS TEIAS DO POEMA IV: ENTRE FIOS E METÁFORAS


 

NAS TEIAS DO POEMA IV: ENTRE FIOS E METÁFORAS

 

Aos poucos - e lentamente - minha aranha começa o seu bordado. Sobre o espaço do papel vazio uma geometria exata vai se formando. Ela amarra na beira da folha a ponta do fio e puxa até a outra extremidade. Sua primeira escrita tem que ser forte para suportar o peso da espiral, que brota infinitamente de seu ofício.

{Bartolomeu Campos de Queirós, in O Fio da Palavra, 2012, p. 24}


Por Marta Cortezão  


Em mais um episódio de NAS TEIAS DO POEMA, nos encontramos, debruçadas às nossas janelas virtuais, para (re)pensar a arte do fazer poético, percorrer o tecido plural que se (des)trança nos fios do poema. Esses fios, essas rememorações e/ou reflexões que dão vida à fluência e ao significado da palavra latente, que se nutre no poço de desejos sem fundo, alojado na alma do/a poeta. Toda esta ação/reflexão de “fiar a seda” constitui a tessitura de nosso próprio ofício: a escritura.

A aranha está presente na mitologia de várias culturas e é um símbolo culturalmente diverso. Ela também simboliza a feminilidade por estar associada à Deusa Selene (Lua) e aos mistérios da fertilidade. Está associada à criatividade, à técnica, à arte – do grego techné (fazer) – portanto relacionada ao trabalho criativo e laborioso do punho do(a) escritor(a).

O fazer poético é um processo solitário, feito de muitos silêncios, abdicações, paciência, astúcia, persistência. Portanto, assim como Bartolomeu Campos de Queirós, abraçamos a força significativa desta metáfora, deveras instrutiva, para dizer que o(a) poeta é uma introspectiva aranha que fia cuidadosamente a base de sua teia, com o objetivo de alcançar o centro de sua obra. Ou ainda, aproveitando-nos da pluralidade semântica do mito grego de Aracne (transformada em aranha por desafiar a imortal deusa Atena, foi condenada para sempre a tecer para existir), nos atrevemos na seguinte analogia poético-existencial: ser poeta é condenar-se, no 'para sempre' de sua escritura, a fim de fiar as ilusórias teias de sua real existência.     

E nestas TEIAS DO POEMA e das redes sociais, estaremos acompanhadas das poetas:

HELIENE ROSA trabalha há anos com a linguagem, é poeta, professora e pesquisadora. Em 2016, foi premiada no Concurso Calendário, em Uberlândia/ MG. Depois disso, participou de diversas antologias poéticas e recebeu muitos outros prêmios. Desde então, ela faz da poesia o seu caminhar.

ISA CORGOSINHO – de Brasília/ DF – é professora universitária aposentada, poeta. Mestre e doutora em Teoria Literária pela UnB/Universitàdi Roma – Sapienza. Tese sobre Italo Calvino e autora de artigos e ensaios sobre literatura nacional e italiana. Escreve poemas desde 2003. Participou da Coletânea Colheita 5 – Celeiro Literário Brasiliense, Leia-me. (editoraArts Letras, 2020). Coletânea enluaradas I, 2021. Livro Memórias da pele. Mulherio das letras, Coleção III, (Vienas abertas, 2021);

LUCILA BONINA é natural de Manaus, mas reside em Vargem Grande Paulista/ SP. Desde sempre as artes da palavra povoam seu universo pessoal com histórias, poesia e música. É professora de Língua Portuguesa, Mestre em Letras e Artes e narradora de histórias. Publicou poesia nas Coletâneas Enluaradas Se essa lua fosse nossa; Coletânea I do Mulherio das Letras na Lua e Coletânea 2021 do Mulherio das Letras Portugal.

Esperamos por VOCÊ para tecermos estas teias!


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|55



 

Momento com Gaia/55


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá




Para ouvir o PODCAST clique AQUI.


Detalhes


o tempo passa desfocado

como uma paisagem

vista do trem em movimento


enquanto as rugas 

tomam conta da face

sem pedir licença


tudo parece deteriorar

num processo inevitável

de fim de ciclo


harmonizam-se as faces

fazem do corpo um rascunho

se auto aprisionam no tédio


em aflição a alma grita

a fome mata pouco a pouco

e a banalidade rima com caos


a sonoridade de balas perdidas

tombam vidas nos quintais

na garganta um choro sufocado


no jardim borboletas e flores

entregam-se à plenitude da beleza 

até a humanidade conseguir enxergar




domingo, 1 de agosto de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


(Lua Minguante, de 31/07 a 08/08)/26


Por Ana Luzia de Oliveira


A Lua míngua, mas a chama acende!

 



Cadeado. Vamos tomar cuidado com os caminhos que escolhemos para percorrer nesse período, minha gente, porque Cadeado está nos sinalizando que nem todas as oportunidades que nos estão sendo oferecidas agora são boas opções para seguirmos. Atenção às encruzilhadas, é o que essa cartinha nos sugere. A consciência chega por meio da reflexão sobre as consequências, não do deslumbramento que algumas ofertas causam a princípio. E é salutar que façamos nossas escolhas conscientemente, não no automático, não na correria. Nesta semana em que a Lua está reduzindo sua luminosidade, não nos deixemos levar pelo impulso pura e simplesmente. Pela intuição sempre, mas também pela racionalização, devemos pautar nossos passos, pois a sabedoria popular já nos ensina há tempos, nem tudo que reluz é ouro!

 

E como reconhecer o caminho verdadeiramente valoroso?

 

Pai Fogo. Ah, esse elemento ancestral da natureza, como ele é essencial à nossa sobrevivência. Foi por meio do domínio da chama que nossos ancestrais deram um dos passos mais importantes para a nossa evolução. Quando nossos antepassados mais primitivos aprenderam a lidar com o fogo, eles levaram luz aonde não tinha, afugentaram seus predadores, cozinharam seus alimentos ampliando a nossa capacidade de nutrição, mantiveram-se aquecidos quando o calor natural se esvaía. Peçamos sabedoria a este elemento que tem tanto potencial para a evolução, quanto para a destruição. Utilizemo-nos dos recursos que o Pai Fogo nos disponibiliza para iluminar nossos caminhos, para nos dar energia, para transmutar aquilo que precisamos transformar, para nos proteger e limpar o ambiente em nosso entorno; e para eliminar, criteriosamente, apenas aquilo que de fato não precisamos mais. Não nos precipitemos no uso da chama, o fogo também pede cautela para seu manuseio. Vamos nos manter a uma distância segura, para não nos queimarmos; e na temperatura certa das emoções. E sigamos, nos valendo das forças da natureza em nosso auxílio!

 

Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


As Lâminas da Mãe Terra são um oráculo formado por frequências que foram intuídas, apresentando-se em imagem, nome e funcionalidade, representados por Ana Amélia Moura, Ana Luzia Oliveira e Neysi Oliveira, em processo de canalização. 

Suas cartas podem ser interpretadas por seus significados arquetípicos e, também, podem ser tomadas por frequências que nos auxiliam naquilo a que se propõem ativamente.



Sua leitura destina-se a fins terapêuticos e de autoconhecimento, para ampliar a consciência das dinâmicas que existem em nossas vidas e dos recursos que temos para solucionar as questões que se apresentam.


  

 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

NAS TEIAS DO POEMA III: O (IN)CORPÓREO DA PALAVRA

 


NAS TEIAS DO POEMA III: O (IN)CORPÓREO DA PALAVRA

 

a grandeza da poesia não reside em dar respostas aos problemas humanos, mas em interrogar o mundo, expressando em forma de arte seus absurdos.

[Salvatore D`Onofrio, in Literatura Ocidental: autores e obras fundamentais, 2000]


Por Marta Cortezão 

Nas Teias do Poema é mais uma ação do Projeto Enluaradas, direcionado a todas as autoras inscritas na Coletânea Enluaradas II: uma Ciranda de Deusas, ainda com edital aberto até 01/AGO (domingo). Com este quadro, pretendemos conhecer a poética das autoras,  dialogar sobre o nosso fazer literário e ainda divulgar e promover a Literatura Contemporânea. Nossas deusas convidadas de hoje são:

Adriana Teixeira Simoni, gaúcha de Porto Alegre/ RS, graduada em serviço Social, musicista, blogueira, escritora , contista e poeta . Mantém ativo o Blog Vida que te quero bem com poesias, contos e crônicas. Tem participação em várias antologias nacionais e internacionais com poemas, contos e relatos.

Cristiane de Mesquita Alves (Belém/ Pará) é doutora em Comunicação, Linguagens e Cultura (UNAMA/ Bolsista Prosup/CAPES). Professora Adjunta de Literatura Hispanófona do ILC/UFPA. Autora de livros acadêmicos e o de poesias Riscos de Mulher (Ed. Todas as Musas).

Janete Manacá (Cuiabá/ MT) encontra na escrita uma fiel aliada. De mãos dadas com a poesia ela tece ou destece conforme a necessidade da sua travessia. E segue arrancando todas as máscaras num processo de lapidação necessário ao despertar consciencial para adentrar o portal da nova terra.

Em nosso terceiro episódio de hoje, desejamos nos (des)enredar nestas tessituras paradoxais da existência humana, onde residem nossos conflitos indissolúveis. São tantos os absurdos que atravessam nossa garganta e nos causam o espanto contínuo... E a poesia possui o poder de provocar em seu público leitor esta sugestão de encantamento, sem nenhuma intenção de ser compreendida porque a poesia já nasce sendo, ela é! E tudo o que vem depois é “chover no molhado”. Mas também é preciso confessar que temos certa necessidade por chover no molhado, pois, como autoras da margem do cânone que somos, chover no molhado é nossa filosofia maior.

Quando uma poesia nos abraça, nos põe no aconchego de seu regaço? Quando a poesia é um soco no estômago e nos assusta, fazendo-nos viajar, de olhos arregalados e coração acelerado, outros contextos? E como a palavra, sendo pulsão estética, razão suprema e poética desta nossa humana existência se plasma no mundo? Como ela atravessa os portais do in illo tempore, no campo imagético não palpável e ritualístico da vida? Como dialoga com os arquétipos coletivos, guardiães da consciência coletiva humana? Como ela dialoga como o sagrado feminino que nos habita?

A palavra ciranda por todos os campos do que é corpóreo e não corpóreo, tecendo com sua arbitrariedade sacra e linguística  as teias deste imenso tear poético, que nós, as Enluaradas, nos propomos a (des)enredar. Nossa Ciranda de Deusas nos convoca a nos deixar envolver pelo Sagrado Feminino, pelas tantas teias arbitrárias da vida que nos unem em volta deste fogo cósmico: a poesia. 

Aguardamos sua presença, lá no perfil Enluaradas do Instagram, @enluaradas__!

Feminário Conexões, o blog que conecta você!

EDITAL ENLUARADAS II TOMO DAS BRUXAS

  Clique na imagem e acesse o Edital II Tomo-2024 CHAMADA PARA O EDITAL ENLUARADAS II TOMO DAS BRUXAS: CORPO & MEMÓRIA O Coletivo Enluar...