3ª FEIRA POPULAR DE LIVROS DE MACAPÁ
MOVIMENTO LITERÁRIO AFROLOGIA TUCUJU
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Foto: Aog Lima da Rocha |
É sempre inspirador testemunhar quando um segmento artístico se coloca em movimento, pulsando em sintonia com o tempo e com sua gente. A arte, quando vivida em comunhão, transcende a simples produção estética e torna-se ponte, elo e caminho para uma sociedade mais sensível e consciente.
Ver artistas se integrarem, partilharem experiências e afetos, abrirem espaço para o outro e se disporem ao diálogo é algo que vai além da cena cultural, é um gesto político, é afirmar que, mesmo diante de diferenças, há sempre um terreno fértil onde floresce o ideal comum: a valorização da cultura e a preservação de identidades.
A III Feira Popular de Livros de Macapá, realizada pelo Movimento Afrologia Tucuju, é uma prova desse espírito de união. Mais do que um evento, ela representou um ato coletivo de resistência e comunhão, em que vozes se encontraram para reafirmar suas raízes, sua criatividade e a força da palavra. A literatura, nesse espaço, foi oralidade, memória, canto, corpo presente em movimento.
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Foto: Aog Lima da Rocha |
Num tempo em que tantas divisões marcam nossa sociedade, é alentador perceber que, no campo da literatura, há quem escolha o caminho do encontro e da partilha. A Feira se consolida como um espaço de troca verdadeira, em que artistas e público se reconhecem, se inspiram e se fortalecem mutuamente.
Por isso, deixo aqui meus cumprimentos ao Movimento Afrologia Tucuju e a todas as pessoas envolvidas na organização da Feira (Negra Áurea, Ivaldo Souza, Márcia Galindo, entre outras). Tenho certeza de que tudo foi feito com a energia do amor. Que iniciativas como essa sigam firmes, porque a arte é um território de afeto e de luta, onde o coletivo se sobrepõe ao individual.
Eu sigo sonhando.
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Arquivo da autora |
Lulih Rojanski nasceu no Paraná. É descendente de imigrantes poloneses que vieram para o Brasil nas primeiras décadas do século XX e tiveram a sorte de escapar do Holocausto. Em 1984, migrou para a Amazônia e esqueceu-se do caminho de volta. Era muita estrada para esconder as migalhas de pão. Graduou-se em Letras, habilitou-se em Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha em sala de aula há 28 anos. Há mais de 30 escreve contos e crônicas que desde o princípio foram publicados em diversas coletâneas. No Estado onde vive, o Amapá, a autora se destaca pela participação de sua obra em provas de concursos públicos e pelo alcance de sua escrita, que tem feito parte de antologias nacionais e binacionais (Brasil/Portugal). Seus primeiros livros: Lugar da Chuva (crônicas), Abilash (conto). Pérolas ao Sol (crônicas) e Gatos Pingados (contos) foram publicados pela Escrituras Editora (SP). Feras Soltas é seu primeiro romance publicado, o segundo é Amores enterrados no jardim (2025).
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