A PALAVRA, A POESIA E O FEMININO DE
TUDO: ASSIM SOMOS
Mar.. mar..
maravilhoso artigo da divina Elizabete Nascimento, publicado neste Feminário, que brota após a experiência
das belas mesas enluaradas!
Um mar de
palavras, sentidos e conexões! Um mar que guarda as águas calmas, bravias e serenas das mulheres do nosso
tempo, revestidas de tantos outros tempos.
Pensei no
femino-masculino que Bete descreve!
Pensei na
força da Deusa Selene! Nos movimentos que provoca no mar. Na palavra mar.
Pensei no mar
de Neruda e na sua mãe Rosa Basoalto! Pensei na peneira que carregava água, de
Manoel de Barros e, em Alice Pompeu, sua mãe. Voltei a ler o artigo “O abismo sublime das
enluaradas: a poética do abraço” no Feminário Conexões, e novamente pensei em Neruda. Mergulhei no seu
mar. No mar de palavras e nas ondas da
escrita reordenei as ideias e refleti sobre
as mulheres e homens que se arvoram a escrever. Pensei nas mães, avós e
nas tantas antepassadas que nos constituíram e nos constituem. Pensei no que
somos.
Lembrei-me,
madrugada adentro, de Carlos Drummond de Andrade, de Gabriel Garcia Marques,
Chico Buarque, Paulo Freire, de Adelias, Cecílias, Rutes, Martas, Patrícias e
as tantas Marias que somos. Pensei em
suas mães, em nossas mães, avós, irmãs,
filhas, tias, primas e amigas!
Que
constatação me bateu, poetas?
Que neste mar
de linguagens e poesia que culmina no universo femino-masculino, há sempre uma
mulher. Uma grande mulher! Ah! Não fosse essa inspiração…! Essa parte feminina
tão presente neles e em nós!
Eis aí a
experiência da vida em Gaia nos provando que a mãe é mulher. Que a palavra é
mulher! Que a vida e a gestação de tudo
é mulher.
Meio
dormindo-acordada, pensei no infinito amor, que faz germinar, nascer,
crescer e que, constitui a beleza de
tudo o que há debaixo do céu, no fundo das águas e acima da terra. No feminino em canção!
Daí a beleza
das coisas. Daí a poesia da vida, me provam as Enluaradas!
Somos, pois,
reflexos da Grande Senhora que passeia nas Brumas… Somos, na festa da natureza,
a fertilidade do solo, as mulheres que correm com lobos. Que uivam e se
transformam em defesa da cria e da criação de si. A feitiçaria da poesia que
brota de nosso ser!
Somos a
natureza divina e, em essência, somos a nossa ancestralidade.
Nas coletâneas
Enluaradas e no mar de poesias desse coletivo feminino me vi no 1º FLENLUA… Me
encontrei nua, banhando nestas águas que me mostram, como diz Elizabete em seu
artigo recheado de beleza, que sou una e múltipla. Assim, as águas deste mar de escritas e de
vida fazem com que eu me sinta mulher
valorosa, empoderada da palavra e da possibilidade de senti-la, de escrevê-la e
de dizê-la. Livre! Fazem com que eu assim,
“seja”!
Mas… só “sou” com vocês. Assim somos neste coletivo constituído de outras mulheres Enluaradas de hoje, de ontem e do amanhã.
*_* *_* *_*
Conheça o projeto N'outras Palavras, de Margarida Montejano.
Uau sensacional...
ResponderExcluirQuisera eu, imprimir e como nos tempos idos, colar na parede de meu quarto.
Se apenas "pequenas" e tímidas percepções provocaram-lhe tod@s esses sentires estamos, realmente, de mãos dadas nessa ciranda, reverberando energias e formando a constelação. Grata pelas lindas palavras Mar-garida!
ResponderExcluirEstamos juntas, Enluarada! Suas palavras me emocionaram, assim como o mar me emociona sempre! De mãos dadas seguimos! Grata pelo retorno! ❤
ResponderExcluirIlda, querida! Grata pela pelo retorno e lembrança de colarmos na parede aquilo que a nós é significante! Acho que metaforicamente ainda colamos, quando nos identificamos! Um enorme abraço a você!
ResponderExcluirMargarida, você é Deusa Enluarada w Maravilhosa, mar de afagos e bruma leve!
ResponderExcluirOlá querida Rozana poeta enluarada! Sigamos juntas neste mar de sensibilidades, força e de poesia, onde a palavra se revela! ❤
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