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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|55



 

Momento com Gaia/55


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá




Para ouvir o PODCAST clique AQUI.


Detalhes


o tempo passa desfocado

como uma paisagem

vista do trem em movimento


enquanto as rugas 

tomam conta da face

sem pedir licença


tudo parece deteriorar

num processo inevitável

de fim de ciclo


harmonizam-se as faces

fazem do corpo um rascunho

se auto aprisionam no tédio


em aflição a alma grita

a fome mata pouco a pouco

e a banalidade rima com caos


a sonoridade de balas perdidas

tombam vidas nos quintais

na garganta um choro sufocado


no jardim borboletas e flores

entregam-se à plenitude da beleza 

até a humanidade conseguir enxergar




quarta-feira, 28 de julho de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|54




Momento com Gaia/54


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá


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Registros


na força da generosidade
e as palavras de gratidão
eu teço compreensão

no prazer da vida
e o medo da morte 
eu bordo sensibilidade

na memória do ontem
e a saudade do agora
e desenho solidão

na serenidade do olhar
e na amorosa declaração
eu costuro emoção

no encontro do primeiro amor
e o descompasso do coração
eu fotografo inquietação

na escolha da canção 
e os passos da dança 
eu componho coreografia

no conforto dos seus braços
e a ternura das suas mãos
eu eternizo paz e proteção




domingo, 25 de julho de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|53




Momento com Gaia/53


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá




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Silêncio


silêncio induz ao êxtase

longe da poluição sonora

lugar que a inspiração aflora


repouso da percepção 

do nosso templo interno

refúgio de vibração de amor


comunicação lapidada, perfeita

quando a serenidade nos habita

após curar traumas e cicatrizes


no silêncio nos conectamos

com o conhecimento sutil

ao dominarmos os ruídos


fica entre a linha divisória

no encontro do céu com a terra

onde o corpo firma raízes


palco de sábios diálogos

entre o amante, o amor e a  amada 

o princípio, o fim e a chegada


o silêncio permite possibilidades 

quando o corpo vibra em cantos

e a vida transborda musicalidades




terça-feira, 20 de julho de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|52




Momento com Gaia/52


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá




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Semeadoras


quando o sol mostrou sua face

elas já estavam a caminho

para  preparar o solo e semear


lenço branco sobre a cabeça

filhos pequenos no colo

e lindos sonhos na mente


em sintonia com a terra

solidárias e corajosas

seguiam soltas como o vento


cultivaram cada semente

como se fosse diamante

para entregar ao fecundo ventre 


libertas da obediência

no ritmo do coração

conduziam a direção


simples e dedicadas 

na luta do dia a dia

canto, sorriso e poesia


a lua prenunciava a chegada

felizes elas voltavam para a casa

para celebrar o banquete da comunhão




segunda-feira, 12 de julho de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|51




Momento com Gaia/51


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Por Janete Manacá




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Imprescindível


ensine seu filho 

a ser oásis

e não destruição


Ensine seu filho

a cultivar as flores

e cuidar do jardim

ensine seu filho

que a terra é um organismo vivo

e o planeta está em perigo


ensine seu filho

a respeitar a natureza

e evitar um futuro de incertezas


ensine seu filho

que a fauna e a flora

faz parte da sua morada


ensine seu filho

que se ele não proteger

não haverá amanhã


ensine seu filho

que a vida só terá sentido

se ele aprender conjugar o verbo amar




terça-feira, 6 de julho de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|50




Momento com Gaia/50


Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:




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Contradição


fomos enterrados vivos

numa cidade de concreto

com construções verticais


fecharam a janela 

para não entrar poeira

impediram a visita do sol


derrubaram as árvores da cidade

invadiram as florestas

mataram o curso dos rios


restou a sombra dos postes

com pessoas disputando lugar

para em meio ao calor respirar


cortaram o pé de manga

com seus frutos generosos

para não sujar o quintal


dizem que é evolução

toda essa destruição

inconsciência, devastação


as lágrimas preservadas hoje

inundarão seu corpo chão

por relegar a missão de guardião




quinta-feira, 1 de julho de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|49




Momento com Gaia/49


Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:



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Displicente


à beira da estrada

faceira estava ela

branca como a neve


os transeuntes apáticos

envoltos em suas aflições

sequer a enxergava


com seu sorriso gracioso

contagiava quem a via

tão dada, tão entregue


mesmo sem ser notada

com sua reluzente luz

em meio ao ruído pesado


era grata a terra que a germinara

vencera as intempéries da vida

e em meio ao desprezo desabrochara


dos seus empoeirados galhos

a cada dia nascia uma flor

que perfumava o seu trajeto


mas você sempre apressado

irritado, mal-humorado

não percebia que era presenteado




quarta-feira, 23 de junho de 2021

Edna Almeida, em Mulheres &Trajetórias





Mulheres & Trajetórias/02

EdnaSantos Almeida é filha de Mercúrio, o planeta mais próximo do sol. Chegou entre os seus, num raio de luz de 20 de junho, às 16 horas da vida, quando o sol surgia festivo e calmo.

Escrever, esse ato mágico do pensamento, essa eletricidade, só aconteceu como escrita poética em seus diários de capas múltiplas (jeans, veludo que guarda como algo de fotografias) no decorrer dos últimos anos do ensino fundamental, quando envereda pelas paqueras e o primeiro amor platônico que lhe arrebatou o coração, ao ouvir histórias sobre esse alguém interessante enquanto costurava renda (já estava bordando o coração de sonhos) com sua avó Tota, aos 14 anos.

Participou de um grupo de teatro na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), onde cursou Letras, com habilitação em Inglês. Fez Pós-graduação em Planejamento Educacional, sabia que a vida estava feita de projetos  e letras.

Casa-se e escreve pouquíssimo ou quase nada, porque como diz Jane Austen, no livro Orgulho e Preconceito: “mulheres casadas não tem tempo pra escrever”. E então, em 2016, já divorciada, ela compila 250 poemas e deles publica 100, com a orientação do poeta cordelista José Olívio, que prefacia seu primeiro livro Caminhando entre as flores, em Alagoinhas/BA, o qual lhe rendeu homenagens de cidades do interior da Bahia como Aramari, Inhambupe e Alagoinhas, em escolas publicas, onde teve seu livro adotado como estudo literário no Colégio STAR, da rede particular de ensino.

Em 2016, a garota do horóscopo chinês em macaco, começa a escrever Olhos de Lince. A ousadia e a vontade se unem na proposta de relatar os 23 países, em turismo pela Europa até 2020, resultante de pequenos cadernos de viagem, que se encontram em longo processo de revisão, devido à pandemia.

Em 2017, a poeta com ascendente em sagitário, escreveu o livro À flor d' pele, um registro da sua veia erótica de versos, o erotismo que também existe na Bíblia nos dizeres do Rei Salomão. Diz essa baiana filha de Iemanjá que “sem prazer não se escreve e nem se lê... tudo é libido”. Em 2018, se afasta do trabalho pra cuidar da saúde, teve câncer de mama. Não mamou nada que não fosse luz! Em 2020, tornou-se, uma professora aposentada de Literatura. Vem a quarentena e o momento de viagem interior sugere publicações em coletâneas nacionais e internacionais, porque Edna se alimenta da escrita e da leitura do mundo a cada minuto, os anjos não a deixam em paz. Ela é intensa... E, há tempos, entendeu que o coração é um pousar de asas, porque ser livre é entender de não ter posses, mas pertencer a tantos lugares de si.... Ela sobrevoa simples mistérios e se faz seu próprio caminho. Mística e dual como a vida, sua verve eclética vai do lírico ao humor, passeia pelo erotismo, pelo cotidiano, pelas questões sociais e flui. Ela pega toda forma de escrita e põe no bojo do poema.

Escrever é um ato de coragem num país em que tudo gira em torno de lucros e não de Cultura. Ela sabe que a poesia tem a função de nos apoderar de um prazer inimaginável de sentir o mundo é ter nela um espelho de ilimitadas interpretações e identificações. Um pulsar de almas e um tocar de coração acessível. Como diz Caetano Veloso “é o que dá mundos ao mundo”.

A função principal da arte é emocionar como uma fumaça de café que toma toda a casa pela manhã quando se acorda e o pão cheira. É invadir o outro com o que sente e não sabe dizer, ela divide os poemas como deve ser, porque somos milhões de úteros pela terra pra viver a palavra como um arado existencial. Os poetas são as musas da vida, celebram a beleza com suas palavras. Se não conseguem dar alma às palavras, se não engravidam, não parem o mundo, se perdem e a arte consiste em transformar, incomodar com criticidade a cerca do social como uma música que é também um poema não musicado.

A poesia é vida que pulsa... A poesia de Edna é um pulsar arrebatador que me lembra a portuguesa Florbela Espanca, em alguns momentos, sinto muito o tempo todo...Tudo é signo e significado, a mocinha é uma abelha mulher operária e rainha, sai pegando mel que ninguém vê, ela é a ladra fértil das percepções abstratas, vê ouro à distância. Sente a delícia das palavras compostas que cria na sua língua. A poesia é sua cama, sua cozinha, seu instrumento, rebento antigo.

A mensageira de Mercúrio, devora todos os dias sem dieta, sem glúten, versos fresquinhos. Um delivery dos anjos sem concorrência, só melhora-se numa contínua terapia literária, que já não permite mais que se faça certas perguntas: quem és? ou o que veio fazer aqui?...Se não for tornar os dias melhores com a poesia não sabe de mais nada, se não for ser ela um eu em crescimento... não foi passear com certeza, poderia já estar em Marte.


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Ode ao feminino


Ainda que você não veja

Há um vácuo

A civilização desliza

Se agente ignora os valores femininos

Já retrocedeu, por isso

Se você esqueceu a beleza da vida

E não vê que a mulher fala de mãe pra mãe com a natureza

Há um vácuo              

Não é mera suspeita

Ainda que você não veja

E se deixe levar pelo desamparo

E seja demasiadamente ambicioso e predador

Minimalista e cego se perguntando pra que devem as flores ficar sobre a mesa

A civilização desliza

De ponta a cabeça

A mulher nasceu pra dar vida

Generosa Eros!

Num mundo novo movido pela lei do menor esforço

Sem beleza o mundo é ausência

A vida só importa se vires a morte abrir a tua porta?

Toda mulher é heroína

Seu corpo chega onde é preciso amar

Água que caminha geradora de coragem

Há um vácuo

A civilização desliza

A arte é feminina e grita não ao egoísmo.

***

A poesia é o amor mútuo, de forma que somos os estranhos que se isolam pra acasalar com a vida imperdível. Se escreve como quem se esquece, como quem cuida do jardim e não precisa falar, somente revolver a terra e olhar as flores, dar-lhe água pra beber e quando chove alguém tem que nos chamar pra dentro de casa... A poesia é a chuva também... A mocinha do ar é chuva de prata de poemas. A vida também é chuva. Nos somos chuva quando estamos juntos... Assim é o amor quando abre os olhos, um poema de Deus mostrando o rosto.


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Loucos soltos


O poema louco foge à estrutura

E não vai enjaulado

Não tem camisa de força

Nem carro de hospício parando na porta

Ele corre...

Epa!

Ninguém põe a mão nele!

Ninguém se mexe!

Ele tem licença poética!

Ele cospe a cara de quem olha de lado

Tira a roupa e anda nu para as moças

Dane-se sociedade insana.

Tem um sexo avassalador

Sente o mundo tesudo

Num minuto e goza que treme.

E não cobra o ofício!

Já nasceu com o reboliço de não aguentar suas veias latejando sem tomar tarja preta porque é naturalista.

A crise de ansiedade não catalogada.

Enquadra-o num quadro sintomático "vagabundo" vai trabalhar pra publicar sua ritmia cardíaca.

Quem cura o anjo disfarçado de diabo que caiu na via láctea com o crânio afetado de sensibilidade esquisofrênica?

Ele soa parafernália, pornografia, o amor, as censuras e as volúpias e ri rios do que fez. Há cidade deles.

Os desajustes dos loucos angustiados por dinheiro.

Os que adoecem de verdade e não escrevem fazem filas nas calçadas.

Eles tomam rivotril e dormem

Acordam como relógio bradando seus diabos...

O aloprado da palavra pergunta: Quem é louco?

Ele vomita a qualquer hora a dose dobrada do seu medicamento, o esquecimento e chora feliz com a arma apontada pra si:

Morram imbecis!

E sente o silêncio

Que lhe dá tapa nas costas

Eles sorriem como se não existissem nem um nem o outro.


quinta-feira, 15 de abril de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|32



Momento com Gaia/32



Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:



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No rancho

Ao ator e dramaturgo Carlinhos Ferreira


o rancho hoje é seu refúgio

trocou o ruído urbano

pela paz da natureza


cada tijolo da construção

edifica lendas e segredos

com o toque de suas mãos


preserva as plantas do cerrado

celebra o desabrochar de cada flor

e alimenta os pequenos saguis


segue os passos de Francisco

que amava todas as vidas

e respeitava os seus habitats


cria os seus próprios vasos

com materiais reciclados

para abrigar outras sementes


de manhã o sol bate a sua porta

como um guardião solidário

para oferecer a sua companhia 


de noite com a janela entreaberta 

a lua seus cabelos acaricia

e o vento brando seu sono vigia




sábado, 10 de abril de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|30




Momento com Gaia/30


Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:



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Meu pequeno guardião


está sempre junto comigo

brinca com meus pensamentos

acorda-me no meio da noite


faz-me rir de pequenas coisas

dança comigo quando tem vontade

ao som do próprio silêncio


reverencia o sol do meio dia

corre na calmaria da chuva

traz-me alento e confiança


ri das minhas piadas sem graça

beija as plantas do quintal

dialoga com libélulas e cigarras


envia recados pela ventania

toma água do sereno da noite

conversa com as rosas todo dia


caminha sobre o arco-íris

quando quer brincar no céu

depois descansa sobre as asas


sua companhia é imprescindível

sem ele eu não sobrevivo

meu anjo, guardião do meu sorriso




terça-feira, 30 de março de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|28



Momento com Gaia/28


Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:



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Invocação às mães planetárias


Maria mãe do menino sábio

exemplo de humanidade

inspira-nos a viver o seu amor


Iemanja divina mãe universal

purifica-nos no batismo sagrado

das águas profundas do seu ventre 


Kwan Yin, pequena pérola

mãe-flor, afeto, delicadeza 

envolve-nos na luz da compaixão


Oxum, opulência e realeza

lava a nossa consciência

com a fluidez de doces águas


brasileira senhora de Aparecida

mãe que ouve o clamor dos filhos

feridos dessa terra combalida


Gaia mãe de todas as mães

útero fértil, fecundo e abundante 

abrigo de todos os continentes


invoco a sabedoria de inesquecíveis mães

ancestrais, guardiãs e divindades

para atravessar essa tempestade




sexta-feira, 26 de março de 2021

Sharlene Serra, em Palavras e Trajetórias




 Mulheres & Trajetórias/01


Para ouvir o podcast do poema, clique AQUI.


Intensa


Meu nome é 

exagero

Sobrenome

superlativo

 

Nada é simples

ou pequeno,

tudo vasto

e divino

 

Lentes captam as palavras do dia

o "sou" irradia o lado

ampliado da  poesia

 

"Sol" maturidade

intensidade que se

oscila entre rios de risos,

lágrimas 

ousadia e

dores

 

Ignoro o raso

do vaso

busco o profundo

na alma das flores

 

Sou intensa

escrever  é lenha

nada é morno  ou

diminuto.

 

"Pólvoro" em segundos

Não escondo o percebido:

Meu olhar

é ampliado

Exponencial

voa além e

propaga  infinitos.

*** 

Sharlene Serra é especialista em Educação inclusiva, educadora, palestrante, escritora e poeta maranhense e vem conquistando uma carreira consistente na literatura, mediante um olhar social e transformador.

Possui como trabalho pioneiro a "Coleção Incluir", composta por 5 títulos  iniciais, que  abordam sobre a inclusão das pessoas com deficiência, onde apresenta, nas histórias, um convite que se abre a inúmeras formas de aprendizagem.

Em cada livro, passeia na simplicidade daquilo que precisa ser informado e, como poeta que é, costura sensibilidade em cada história.

Na coleção "Olhando com Ritinha", a personagem com deficiência visual enxerga com o coração; no "Ouvindo com Vitória", ela ouve com os olhos e fala com as mãos;  no "Caminhando com Paulo", o personagem caminha girando sua cadeira de rodas e ensina sobre acessibilidade  atitudinal; no "Aprendendo com Biel", a personagem  com síndrome de down, nos ensina que ninguém aprende igual e no "Interagindo com Lucas", a personagem nos mostra que existem várias formas de sentir o mundo. É  nessa forma lúdica e poética, que Sharlene descreve a COLEÇÃO INCLUIR. A coleção passou a ser fonte inesgotável do aprendizado das convivências, onde reconhecer o outro, exercitar a empatia, o respeito às diferenças e aos valores morais são objetivos fundamentais do projeto, já que visa conscientizar e humanizar toda a sociedade, trabalhando, através da literatura, a inclusão.

A literatura da escritora Sharlene Serra tem um olhar social e transformador e, além da "Coleção Incluir", ela nos apresentou outro aspecto importante,  que precisa ser abordado , o tema sobre abuso infantil que consta no livro “Diário Mágico - um segredo para contar", o qual pode ser considerado como uma ferramenta de proteção às crianças. O livro faz referência também a um ‘diário’, como forma de resgate das memórias, da história e da escrita. E no final da obra, ela traz uma lista dos órgãos responsáveis para a efetivação de denúncias de violências contra abusos infantis.

Sharlene Serra é membro da APB Academia Poética Brasileira de Curitiba, Vice presidente da Associação de jornalista e escritoras do Brasil-MA , Membro da União Brasileira de Escritores e da Associação de Cultura Latina.

A autora esteve nas Bienais do Livro do Ceará e Pernambuco e Fortaleza,  recebeu menção de aplausos sendo inspiração para o dia municipal da Literatura inclusiva. Possui participações em várias Antologias. Os livros estão  nas escolas particulares de São Luís e de outros Estados.

Sharlene Serra foi uma das 25 homenageadas pela biblioteca Pública Benedito Leite,  recebeu o certificado de reconhecimento pela OAB pela sua atuação na defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes, e recebeu o certificado de homenagem “Amiga da Leitura Maria Firmina dos Reis”, através da rede de Bibliotecas Comunitárias, ilha Literária, pelo reconhecimento da sua atuação em prol da literatura infanto-juvenil. Em 2018, foi homenageada com o prêmio Estrela Literária Recife-PE. Em 2019,  recebeu prêmio Monteiro Lobato em Búzios, na categoria Melhor livro de inclusão. Escritora homenageada da FLICT, Feira de Livro de Caxias-MA. 

Seu livros foram mencionados, em rede Nacional, no programa "Encontro", de Fátima Bernades.

Lançou  pela editora Penalux o livro "Espelhos de Eva" (2019), que aborda o universo feminino. Participações em Antologias 2020: selecionada pela editora Trevo, pela “Coletânea Enluaradas I: Se Essa Lua Fosse Nossa”, pelo Mulherio das Letras, prêmio Literart  de Melhor Prosa Poética, entre outros.

Sobre planos, Sharlene Serra entrará em 2021 no mercado digital com novas histórias em e-books, além de livros impressos voltados para literatura infantil e outro sobre poemas autorais.

Ela nos diz: Escrevo o que vejo, ouço ou vivencio em mim ou nos outros. A minha escrita pulsa.



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EDITAL ENLUARADAS II TOMO DAS BRUXAS

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