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terça-feira, 27 de setembro de 2022

LIVROS & ENCANTAMENTOS: AS CORES NA PONTA DA LÍNGUA, DE ADRIANNA ALBERTI, POR CRIS LIRA



LIVROS & ENCANTAMENTOS/07


 'AS CORES NA PONTA DA LÍNGUA', DE ADRIANNA ALBERTI


POR CRIS LIRA


Como comentei na postagem da resenha anterior, na coluna Livros & Encantamentos, estou lendo a Coleção III do Mulherio das Letras e vou compartilhar neste espaço impressões de leitura como um convite para que mais leitoras e leitores conheçam a vigorosa produção literária do Mulherio das Letras.

[foto arquivo pessoal Cris Lira]

Hoje, falo sobre As cores na ponta da língua, de Adrianna Alberti. Desde o título, o livro nos chama a vivenciá-lo a partir de vários sentidos, despertando em nós um pouco do lúdico, da forma de experimentar o mundo pelos olhos das crianças, mas com um olhar de quem já conhece um bocado da vida e do cotidiano atroz que nos consome.

Organizado em 4 seções: “Céus azuis e sóis cinzas”, “A melodia do arco-íris”, “Memórias de ipê” e “Elas na ciranda”, o livro é composto por pequenas narrativas que são sempre introduzidas por um título instigante. Confesso que, como leitora, sou dada a títulos. Gosto dos que não me entregam nada, que me deixam sem qualquer expectativa, mas que iluminam as entrelinhas quando me aproximo do fim. O primeiro texto, por exemplo, “Quando os dias são bons”, narra sequencialmente os acontecimentos de uma manhã qualquer, num dia qualquer, cujo triunfo é conseguir chegar ao trabalho. Não há qualquer menção à depressão, à angústia, à tristeza. É a disposição dos afazeres feitos e por fazer que indica por onde anda o estado mental da protagonista: “respirar era simples” (28). Há várias narrativas com o mesmo tom no livro, indicando a força do cotidiano para a compreensão do mundo, as repetições como o caminho para aceitar perdas e descobrir novas formas de estar presente, como é o caso de “Seu nome é perpétuo” (31). O universo que se abre com este livro é o que nos oferece possibilidades para olharmos para a nossa própria rotina, para a beleza das coisas mínimas e mundanas que se mostram diariamente. Não é esse, também, um dos papéis a ser desempenhado belos bons livros? Fazer-nos ver, no nosso dia a dia, reflexos das histórias que trazemos do papel para as nossas vidas? Acho que justamente por isso gostei tanto de “O quintal do inferno” (55). Só quem viveu e amou em geografias outras, sentindo-se fora do lugar, é capaz de compreender o peso do clima na nossa forma de habitar o mundo. Reproduzo, aqui, um trechinho: “O primeiro mês foi sofrimento. Noites quentes, o ar morno e seco, mas a roupa sempre molhada, cheia de suor nojento. . . . O povo do sotaque diferente, sorridente, mas quem poderia ser feliz em um lugar onde faz 45 graus na sombra?” Ler esta pequena narrativa foi como receber aquela troca de olhar que apenas as amigas que se conhecem há muito tempo sabem trocar. Piscamos, ali, uma para a outra, ambas um pouco perplexas de como há quem exista, ame e coma em lugares que podem ser tão inóspitos e, ao mesmo tempo, tão queridos por nós. É uma lembrança de que somos seres contraditórios, sempre na corda bamba, à espreita de algo que hoje pode ser bom, mas que amanhã talvez seja ruim. Não há medida para a totalidade é o ensinamento de “As cores na ponta da língua”, de Adrianna Alberti.

[arquivo pessoal da autora Adrianna Alberti]

Quero deixar uma nota para agradecer o prefácio primoroso assinado por Carolina Mancini. Diz a autora, na abertura, “Você precisa sentir primeiro”. Pois, então, sintamos!

 

Não mudem os livros de lugar (p. 34)

 

Primeiro, um importante fato sobre mim: eu peço o mesmo sorvete há sete anos na sorveteria da cidade. Portanto, na noite em que, sem nenhuma sugestão, eu coloquei queijo ralado no meu miojo, considerei uma vitória. Apenas uni o pensamento que sopa é excelente quando vai queijo ralado, miojo é quase uma sopa, então deveria ficar bem. Não ficou. Decepção. O queijo empelotou e o miojo ficou com cheiro esquisito e sabor estranho de queijo velho, quando deveria ter o sabor e o cheiro artificial de galinha caipira. Me senti orgulhosa, mas completamente decepcionada. E, é por essas e outras, que peço o mesmo sorvete há sete anos na mesma sorveteria da cidade.

☆_____________________☆_____________________☆ 


[arquivo pessoal da autora]

Adrianna Alberti é a paulista mais campo-grandense dessas paragens. Já passou dos trinta, workholic, vive com alguns gatos endemoniados. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e graduação e mestrado em Letras pela Universidade Estadual de Mato Grasso do Sul (UEMS). Pesquisadora de Literatura Fantástica, contista nas horas vagas e poetisa por identificação dos leitores. Publicou o livro de poesias O silêncio na ponta dos dedos em 2020, seu primeiro livro solo, tendo publicado desde 2011 contos fantásticos e poesias em antologias pelo Brasil. Colunista do coletivo literário O Bule. Adrianna.alberti@gmail.com  @tykkaa



[arquivo pessoal da autora]
Cris Lira é paulista e escreve desde que se entende por gente. Com a Editora Venas Abiertas, participou das Coleções I, II e III do Mulherio das Letras. Seu mais recente livro, Fragmentos do Interior, foi lançado em 2021. Atualmente, é professora e supervisora do Programa de Português da Universidade da Geórgia, em Athens, nos Estados Unidos. Redes Sociais: Instagram: @lircris Facebook: facebook.com/cris.lirica Youtube: Vamos ouvir o Mulherio

POÉTICA DA DESCONSTRUÇÃO, POR MARINA MARINO



POÉTICA DA DESCONSTRUÇÃO/01

POR MARINA MARINO


Dia desses parei para refletir sobre meu processo de escrita. O que vem a ser essa poética que tem se feito tão presente em meus escritos? Como defini-la? Estaria em conexão com algum movimento literário? Ou é apenas a forma que encontrei de me expressar?

A urgente reflexão levou-me à palavra que me move, sem dúvida, a desconstrução. É ela que estabelece um diálogo intenso e profundo comigo mesma, com o que vivo e com o que sinto.

Tudo o que acreditei -  ao longo dos meus 64 anos - ser verdade, ser justo, ser real se desfaz nesta fase de minha vida. As crenças não mais se sustentam, foram construídas sobre a ilusão. Até mesmo as que usei como apoio ao longo da caminhada, como a religião, a espiritualidade, hoje sei que basearam-se em projeções, condicionadas ao mito da individualidade, da forma, do mundo. As frágeis paredes, erguidas ao longo da existência, desabam, uma a uma, revelando o que não sou, o que nunca poderia ter sido.

A consciência, tão humana, prendeu-me a conceitos da dualidade e foi incapaz de perceber suas próprias limitações, mantendo-me em seu estreito ponto de vista. Mas, numa reversão incrível, a revelação se fez presente. Com ela soltei-me do que era conhecido e lancei-me ao desconhecido, sem medo.

O tempo da desconstrução chegou para mim, está em minha porta, entreguei-me a ele e hoje funciono neste novo formato. Decidi me abandonar nisso e não resistir mais, atrelada aos últimos tijolos, pois é nessa desconstrução sem limites que a essência se manifesta, livre, sem controle de mais nada, fluindo por onde tiver que fluir.

Deixo aqui alguns escritos que evidenciam esta minha fase desconstrutiva. Gratidão por sua leitura,

Marina Marino

*_* *_* *_* *_* *_* *_*

Trilhos

Trilhos. Caminhei por eles. Levaram-me a destinos que não eram meus. Mostraram-me lugares que não pretendia conhecer. Prenderam-me em atalhos que não faziam parte do roteiro inicial.

Acreditei nos trajetos que distanciaram-me de mim mesma, de minha essência, de minha verdadeira identidade.

Talvez o cansaço tenha me ajudado a acordar. Ou foi a ausência de mim mesma? Só sei que saltei!

Pulei sobre a grama, verde e úmida. Molhei os pés no riacho. Senti o perfume das flores. Escutei o som dos pássaros. Girei com os dois braços bem abertos em busca do sol.

Mudei de rumo. Troquei de direção. Percorri novos caminhos, desta vez traçados por mim mesma.

Os pés descalços não calçam mais conceitos ou preconceitos que não são meus. Apenas me levam para aproveitar a paisagem.

O vento no rosto. A volta a mim mesma, ao que sempre fui. O retorno à sonhada liberdade... de ser.


[Antologia Elas e as Letras: Insubmissão Ancestral, Editora In-Finita, 2021]

*_* *_* *_* 

O Instante

Ir
Partir
Deixar para trás
Tudo o que foi
O vivido
O atravessado
O que não serve mais
Ir
Viver o agora
O instante
O que a vida tem a oferecer
Sem medo
Com confiança
As circunstâncias são incertas
Mas o destino é sempre o mesmo...
Rumo à felicidade...

[Coletânea Enluarada II: uma Ciranda de Deusas, Editora Sarasvati, 2021]

*_* *_* *_*

A DANÇA DA LIBERTAÇÃO

Vem menina...
Veste agora teu melhor vestido
Colorido e alegra como tua essência
Este que esvoaça em tua imaginação
E vai em direção à tua verdade

Você é livre, menina, finalmente
Nada mais te aprisiona
Os véus foram retirados
Os nós foram desatados
As algemas destravadas

Dá-me tua mão
Eu impulsiono teu voo
Voa à tua origem
Voa ao teu verdadeiro lugar
De onde nunca te moveste, apenas esqueceste
E vibra no ritmo que o Amor estabelece

Até encontrar outras meninas
Que, como você, voam também
Ao encontro do que sempre foram
E com você, dançam a dança da libertação.

[Coletânea Enluarada II: uma Ciranda de Deusas, Editora Sarasvati, 2021]


☆_____________________☆_____________________☆ 

 


Marina Marino é escritora, editora e livreira, é criadora da Voo Livre Revista Literária. É autora de 4 livros, sendo 2 infantis, 1 romance e 1 para mulheres. Publica poemas e contos em antologias tanto no Brasil como em Portugal, desde 2013. Marina se encontra no que escreve, porque tudo sempre é sobre o que ela vive.

sábado, 24 de setembro de 2022

LIVROS & ENCANTAMENTOS: RUMOS POÉTICOS, DE ADRIANA PARDO MALTA, POR CRIS LIRA

Capa de "rumos poéticos", de Adriana Pardo Malta


LIVROS & ENCANTAMENTOS/06


 'RUMOS POÉTICOS', DE ADRIANA PARDO MALTA


POR CRIS LIRA


O Mulherio das Letras, coletivo literário-feminista, criou a oportunidade para que muitas mulheres escritoras pudessem se conhecer e imaginar juntas formas de adentrar o mercado livreiro brasileiro. Este ano, 2022, o coletivo celebra 5 anos do primeiro encontro em João Pessoa em 2017. Como não poderei estar com as minhas colegas em novembro, vou usar este espaço para falar sobre a última Coleção do Mulherio, a Coleção III, publicada em 2021 pela Venas Abiertas, que conta com 33 livros de bolsa. Começo dizendo que, como escritora, um dos meus maiores desejos é, justamente, encontrar leitoras e leitores, então, que as observações que aqui compartilho fiquem de convite para que conheçam a obra vasta que está sendo produzida pelas mulheres que fazem parte do Coletivo.

[foto arquivo pessoal Cris Lira]

O livro de hoje é Rumos poéticos, de Adriana Pardo Malta. Como adianta Silvana Silva de Farias Araújo, que assina o prefácio, trata-se de um livro que “pulsa vida”. Composto de vários poemas breves que tratam de temas diversos como a escrita “A minha lama inquieta / é composta de sim e de não . . . E flutuo em uma névoa de palavras. . . / Jogadas ao vento / E trazidas pela solidão / do nosso próprio existir” (Palavras) e até a necessidade do lúdico no cotidiano “Pode parecer infantil (e é!!) / Mas, através dos meus sobrinhos / percebo um mundo mais pueril” (Sobrinhos), o livro é, sobretudo, um convite para o diálogo. Enquanto eu o lia, percebi o convite da poeta para que pudesse entrar em contato com os seus textos de modo mais profundo do que a partir da pena da crítica literária. Era um convite para a escuta, como se ela me dissesse, senta aqui comigo e contempla. Talvez seja por isso que tenha ficado feliz ao me deparar com o seu “Faces da minha Bahia” (51). 

Faces da minha Bahia

 

Em teu ventre místico

Geras a cria bem criada do humano

E num ato insano

Revelas tuas faces,

Tuas cores,

Teus sabores...

Herdastes a doçura de Oxum

E a força de Ogum.

Deixastes no ato dos teus rastros

O sangue e as pétalas.

Suores dos peregrinos,

suores dos sem destino!

Cultuas o sagrado,

Celebras o profano!

Luzes e sombras

Partilham do teu entardecer.

Marés de magia

E de orgia

Movimentam o teu cenário.

Teu povo imponente

De dentes sorridentes

Compõem a tua história.

As tuas múltiplas imagens.

Nos envolve,

Nos alegra,

Nos entristece...

Continuas sendo musa

E a tua grandeza permanece!

Rendo-me ao teu encanto

E consagro

A tua eterna magia!


{Adriana Pardo Malta}


Ali, compartilhamos um segredo. E mais não digo.

Até a próxima leitura com o Volume II.

☆_____________________☆_____________________☆ 


[foto arquivo pessoal da autora]

Adriana Pardo Malta á natural de Feira de Santana, Bahia, e reside no Rio de Janeiro. Pedagoga e psicopedagora. Pós-graduada em Educação Especial/Inclusiva (UNIA – Espanha). MBA em Gestão Empresarial (UNESA/RJ). Autora dos livros: Rumos poéticos e Rimas na janela. Integrante da Confraria Poética Feminina e do Mulherio das Letras – Bahia. Membro da Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB) e da Academia Internacional Mulheres das Letras. Participação em diversas antologias. adrianapardo25@hotmail.com


[foto aqrquivo pessoal da autora]

Cris Lira é paulista e escreve desde que se entende por gente. Com a Editora Venas Abiertas, participou das Coleções I, II e III do Mulherio das Letras. Seu mais recente livro, Fragmentos do Interior, foi lançado em 2021. Atualmente, é professora e supervisora do Programa de Português da Universidade da Geórgia, em Athens, nos Estados Unidos. Redes Sociais: Instagram: @lircris Facebook: facebook.com/cris.lirica Youtube: Vamos ouvir o Mulherio

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


(Lua Nova, de 08 a 15//08)/27


Por Ana Luzia de Oliveira

 

A Lua é Nova, renove-se você também!

 


 

Gorgeio. Este pequeno pássaro não para de cantar, mas, às vezes, silêncio é ouro! É exatamente sobre isso que a cartinha deste ciclo nos alerta. Falamos demais, esbravejamos, contamos vantagem, nos lamentamos, desperdiçamos nossa energia com palavras que, naquele momento, se perderão no vento. Devemos ficar atentos ao tempo de recolhimento que a Lua Nova nos propõe. Não precisamos sufocar nossa expressão, mas também não precisamos nos desgastar quando nosso corpo e mente pedem calma, reflexão e descanso. Há tempo para tudo e sabedoria é aproveitar o que o fluxo nos traz e aonde ele nos leva.  

 

Como embarcar neste fluxo de energia se não o vemos?

 

Cesto. Nossos recursos são infindáveis, é a nossa percepção limitada que nos faz sentir contidos. Quando você ouve essa afirmativa, o que você sente? Verdade? Mentira? Possibilidade? Sim, pense em um campo de possibilidades infinitas. Mesmo quando recolhidos, não estamos ausentes de nosso Eu criativo. Apenas o estamos alimentando com a energia que ele necessita para criar mais. Estar o tempo todo em combate, defendendo ideias, conquistando espaços, requer descanso e um tempo para reorganizarmos nossas capacidades, analisarmos as situações, traçarmos estratégias. Reflexão e meditação também são formas de expressão do nosso Eu ao Universo, ainda que silenciosas!


Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


As Lâminas da Mãe Terra são um oráculo formado por frequências que foram intuídas, apresentando-se em imagem, nome e funcionalidade, representados por Ana Amélia Moura, Ana Luzia Oliveira e Neysi Oliveira, em processo de canalização. 

Suas cartas podem ser interpretadas por seus significados arquetípicos e, também, podem ser tomadas por frequências que nos auxiliam naquilo a que se propõem ativamente.



Sua leitura destina-se a fins terapêuticos e de autoconhecimento, para ampliar a consciência das dinâmicas que existem em nossas vidas e dos recursos que temos para solucionar as questões que se apresentam.


 

domingo, 1 de agosto de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


(Lua Minguante, de 31/07 a 08/08)/26


Por Ana Luzia de Oliveira


A Lua míngua, mas a chama acende!

 



Cadeado. Vamos tomar cuidado com os caminhos que escolhemos para percorrer nesse período, minha gente, porque Cadeado está nos sinalizando que nem todas as oportunidades que nos estão sendo oferecidas agora são boas opções para seguirmos. Atenção às encruzilhadas, é o que essa cartinha nos sugere. A consciência chega por meio da reflexão sobre as consequências, não do deslumbramento que algumas ofertas causam a princípio. E é salutar que façamos nossas escolhas conscientemente, não no automático, não na correria. Nesta semana em que a Lua está reduzindo sua luminosidade, não nos deixemos levar pelo impulso pura e simplesmente. Pela intuição sempre, mas também pela racionalização, devemos pautar nossos passos, pois a sabedoria popular já nos ensina há tempos, nem tudo que reluz é ouro!

 

E como reconhecer o caminho verdadeiramente valoroso?

 

Pai Fogo. Ah, esse elemento ancestral da natureza, como ele é essencial à nossa sobrevivência. Foi por meio do domínio da chama que nossos ancestrais deram um dos passos mais importantes para a nossa evolução. Quando nossos antepassados mais primitivos aprenderam a lidar com o fogo, eles levaram luz aonde não tinha, afugentaram seus predadores, cozinharam seus alimentos ampliando a nossa capacidade de nutrição, mantiveram-se aquecidos quando o calor natural se esvaía. Peçamos sabedoria a este elemento que tem tanto potencial para a evolução, quanto para a destruição. Utilizemo-nos dos recursos que o Pai Fogo nos disponibiliza para iluminar nossos caminhos, para nos dar energia, para transmutar aquilo que precisamos transformar, para nos proteger e limpar o ambiente em nosso entorno; e para eliminar, criteriosamente, apenas aquilo que de fato não precisamos mais. Não nos precipitemos no uso da chama, o fogo também pede cautela para seu manuseio. Vamos nos manter a uma distância segura, para não nos queimarmos; e na temperatura certa das emoções. E sigamos, nos valendo das forças da natureza em nosso auxílio!

 

Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


As Lâminas da Mãe Terra são um oráculo formado por frequências que foram intuídas, apresentando-se em imagem, nome e funcionalidade, representados por Ana Amélia Moura, Ana Luzia Oliveira e Neysi Oliveira, em processo de canalização. 

Suas cartas podem ser interpretadas por seus significados arquetípicos e, também, podem ser tomadas por frequências que nos auxiliam naquilo a que se propõem ativamente.



Sua leitura destina-se a fins terapêuticos e de autoconhecimento, para ampliar a consciência das dinâmicas que existem em nossas vidas e dos recursos que temos para solucionar as questões que se apresentam.


  

 

sábado, 24 de julho de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


(Lua Cheia, de 23 a 31/07)/25


Por Ana Luzia de Oliveira


Cheia essa Lua, também nos torna plenos de Luz!

 




Aurora. Para o que será que esta cartinha veio nos alertar? Aurora é a mão que encaminha à inspiração, aos sonhos e aos caminhos que se reabrem, a leveza que precisamos para neles seguirmos. Talvez, contudo, voltar nos caminhos nem sempre seja fácil, os sonhos podem ser perturbadores e a inspiração pode faltar. Isso porque o contato que fazemos essas trilhas está sobrecarregado de lembranças que nos trazem de volta uma energia densa, que nos puxa como um buraco negro. Reabrir caminhos não é voltar ao passado para ficarmos atrelados eternamente a ele. É simplesmente percorrer nossa jornada a partir de um ponto que, à época, não estávamos prontos para seguir, exatamente porque, hoje, somos outras pessoas, reunimos recursos internos e externos para fazer a travessia a fazer nossas próprias escolhas no presente para o futuro que virá.

 E onde estão esses recursos?

 Interior. A dica dessa vez é bem clara, quase autoexplicativa, acho que vou pegar minha malinha e sair de viagem para dentro de mim mesma nesse minuto! Brincadeira, dá para esperar eu explicar para vocês o significado dessa carta. Além das quatro direções mais conhecidas da Roda da Medicina Xamânica, esta direção sinaliza o início de nosso Espaço Sagrado, que deve receber nossa atenção e cuidado em primeiro plano. É aí que estão nossos recursos para fazer novas escolhas em caminhos reabertos. Esse deve ser o foco do retorno, não o passado em si, mas nós mesmos no momento atual, projetando o futuro que desejamos ter. Nosso Eu Interior está no centro da roda, que traz as direções do nascimento, do crescer, do amadurecimento e do plano espiritual, onde estão nossos ancestrais e para onde iremos também. Tudo isso só faz sentido quando nos centramos e nos reconhecemos os verdadeiros ocupantes do nosso Espaço Sagrado. Seja qual for o caminho reaberto, é daqui para frente que o percorreremos, a partir do Nosso Eu.


Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


As Lâminas da Mãe Terra são um oráculo formado por frequências que foram intuídas, apresentando-se em imagem, nome e funcionalidade, representados por Ana Amélia Moura, Ana Luzia Oliveira e Neysi Oliveira, em processo de canalização. 

Suas cartas podem ser interpretadas por seus significados arquetípicos e, também, podem ser tomadas por frequências que nos auxiliam naquilo a que se propõem ativamente.



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sábado, 17 de julho de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


(Lua Crescente, de 17 a 23/07)/24


Por Ana Luzia de Oliveira


Sente a Lua Crescente!

 



Quitação. É hora de liberar, pessoal! Não é de hoje que as cartinhas vêm nos mandando recados. Ao longo da vida e, para quem acreditar ao longo de muitas delas, vamos assumindo obrigações que, com o passar do tempo, perdem seu contexto. Ainda assim, quantas vezes carregamos a sensação de sermos eternos devedores ou credores de algo ou alguém? Chega disso! Vamos quitar nossas dívidas cármicas e energéticas. Está na hora de reconhecer que, tanto um lado, como o outro, já fez o bastante. Ou, então, que já se passou tempo demais para continuarmos nos atrelando a pactos que não fazem mais sentido. Quitemos os decretos que não nos são mais úteis, para possibilitar que todas as partes sejam liberadas e possam seguir seus próprios caminhos. Libera e segue, eu te libero e sigo.


 A liberação encadeada torna a todos nós mais leves!

 

Flor da Vida. Sim, tudo está conectado! E, quando nos damos conta disso, percebemos o quanto nos mantemos presos, se não deixarmos que o outro siga seu caminho. Essa cartinha de círculos entrelaçados nos ajuda a entender que somos seres multidimensionais, assim como a realidade é. O Universo não se sujeita a uma visão linear e simplória, as tramas se entremeiam e a nossa compreensão se amplia quando percebemos que os acontecimentos estão interligados e fazem sentido ao longo do tempo, de forma que não vale a pena estacionarmos nossa vidinha numa fila que não anda. O que afeta a um, afeta a todos. Então, ao fazermos nossa parte liberando um, liberamos muitos, inclusive a nós mesmos. Sigamos rumo ao que interessa e deixemos para trás aquilo que já passou.

 

Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


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sábado, 10 de julho de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


(Lua Nova, de 09 a 17/07)/23


Por Ana Luzia de Oliveira


Já está Nova a Linda Lua!

 



Mandacaru. E é este o desafio que encontramos neste período em que a nossa sombra ofusca nossa capacidade de brilhar. Esta cartinha fala de mantermos intacto o nosso coração, ainda que precisemos protegê-lo com espinhos. A acidez e a fala cortante, vistas habitualmente como uma parte da nossa sombra, muitas vezes são necessárias para nossa própria preservação. Precisamos nos valer destes recursos para mantermos intacta a nossa essência, longe das situações que podem nos magoar. Mas, Mandacaru também traz em si um alerta importante, não nos tornemos aqueles que enfrentamos. Não devemos nos confundir com o monstro que queremos matar, sob pena de destruirmos a nós mesmos na luta.

 

Tenhamos sempre em mente quem somos e o que realmente queremos!


 Mãe do Ouro. E aí a prosperidade é certa! Quem vem nos mostrar isso é a própria Mãe do Ouro. Porque a coragem de revelar a verdade de quem somos é a melhor armadura para aqueles que buscam nas brechas de nossas intenções os pontos fracos para nos atingir. Se conseguirmos ser claros e honestos conosco e com o Universo sobre as nossas reais intenções e o nosso propósito estamos um passo à frente de alcançar o que queremos, da forma como realmente almejamos. Não nos deixemos distrair com aquilo que quer nos confundir e atrapalhar. Que possamos escolher os embates que realmente devemos enfrentar e não deixemos que a sombra tome conta da luz que ilumina o lugar onde queremos chegar. O ouro da conquista já brilha para nós!

 

Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.


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EDITAL ENLUARADAS II TOMO DAS BRUXAS

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