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Foto arquivo pessoal da autora |
Se me pedissem para descrever Lilian Rocha (@lilikamarques24), eu diria que ela nos deu fé e exemplo. Fé porque desde que a ouvimos pela primeira vez meu filho e eu ficamos impressionados com a potência como se expressa. E lembro que ela nos provocou a reflexão de que "nossa, a gente pode gritar e impor a nossa negritude assim?!?". No cotidiano opressor em que vivemos quando não estamos aquilombados, isso foi uma baita e grata surpresa. E digo exemplo, porque dali pra frente ela foi nos mostrando cotidianamente com suas conquistas o quanto podemos voar. Lilian mostra caminhos, mostra postura, mostra força, perseverança e êxito.
Além de toda essa representatividade que ela exerce na nossa história, ao longo do tempo fomos nos tornando amigas. E eu não escondo que sou amiga tiete, pois é um baita orgulho e privilégio ser amiga de quem tanto admiro.
Lilian Rocha, obrigada por expandir nossa Consciência Negra!
Deixo com vocês um trecho da sinopse de sua obra Rochedos também choram:
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Foto arquivo pessoal da autora |
"Rochedos também choram?
Sim, Lilian Rocha tira água das pedras. Somente às poetisas é permitido fazer
mágica com as palavras. E é preciso ter sensibilidade para compreender
metáforas. A poesia não é para qualquer leitor. Mas, é possível olhar pedra e
ver água, contradizendo Adélia Prado. Acompanhando de perto a carreira
literária de Lilian Rocha, vejo um grande amadurecimento de sua obra. Entre as
partes de Rochedos também choram: Poeira, Areia, Pedra e Rocha, constato que A
vida pulsa e que não é só o título do seu livro de estreia (2013), mas um
projeto filosófico. A eu lírica assume sua vulnerabilidade diante das grandes
tragédias do nosso tempo. O isolamento é um desafio para quem precisa de “calor
no corpo”, “brilho nos olhos”, “abraços” e “beijos”. Também faz parte do
projeto ideológico da autora, lutar contra a “Necropolítica”, conceito do
filósofo camaronês Achille Mbembe, que desvela o projeto neocolonialista de
fortalecer políticas de morte, ditando quem pode viver e quem deve morrer.
Desde Negra Soul (2016) e Menina de Tranças (2018), a poetisa usa a palavra
como denúncia e como uma pedrada no espelho narcísico da branquitude."
Salve, Lilian Rocha! Salve 20 de Novembro!Para adquirir o livro Rochedos também choram, clique AQUI.☆_____________________☆_____________________☆
Sou Flor de Lótus, sou Cíntia Colares. Sou jornalista, poeta, escritora, ativista e mãe negra, solo, periférica do Diogo, o dinamo que me faz lutar todos os dias por equidade de oportunidades e respeito aos nossos traços, cultura e história preta. Alimento uma página de poesias autorais no Facebook entitulada "Coração da Negra". Nos vemos lá ou no Instagram @jornalistacintiacolares!
Axé pra quem é de axé!
Amém pra quem é de amém!