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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

A PALAVRA, A POESIA E O FEMININO DE TUDO: ASSIM SOMOS

 


A PALAVRA, A POESIA E O FEMININO DE TUDO: ASSIM SOMOS


 Por Margarida Montejano


Mar.. mar.. maravilhoso artigo da divina Elizabete Nascimento, publicado neste Feminário, que brota após a experiência das belas mesas enluaradas!

Um mar de palavras, sentidos e conexões! Um mar que guarda as águas calmas,  bravias e serenas das mulheres do nosso tempo, revestidas de tantos outros tempos.

Pensei no femino-masculino que Bete descreve!

Pensei na força da Deusa Selene! Nos movimentos que provoca no mar. Na palavra mar.

Ilustração Deusa Selene de Daniel Firmino - danielbrafir@gmail.com - para a Coletânea II: uma Ciranda de Deusas (Sarasvati Editora, 2021)

Pensei no mar de Neruda e na sua mãe Rosa Basoalto! Pensei na peneira que carregava água, de Manoel de Barros e, em Alice Pompeu, sua mãe. Voltei a  ler o artigo “O abismo sublime das enluaradas: a poética do abraço” no Feminário Conexões, e  novamente pensei em Neruda. Mergulhei no seu mar. No mar de palavras  e nas ondas da escrita reordenei as ideias e refleti sobre  as mulheres e homens que se arvoram a escrever. Pensei nas mães, avós e nas tantas antepassadas que nos constituíram e nos constituem. Pensei no que somos.

Lembrei-me, madrugada adentro, de Carlos Drummond de Andrade, de Gabriel Garcia Marques, Chico Buarque, Paulo Freire, de Adelias, Cecílias, Rutes, Martas, Patrícias e as tantas Marias que somos.  Pensei em suas mães, em nossas mães, avós, irmãs,  filhas,  tias, primas e amigas!

Que constatação me bateu, poetas?

Que neste mar de linguagens e poesia que culmina no universo femino-masculino, há sempre uma mulher. Uma grande mulher! Ah! Não fosse essa inspiração…! Essa parte feminina tão presente neles e em nós!

Eis aí a experiência da vida em Gaia nos provando que a mãe é mulher. Que a palavra é mulher! Que a vida e a gestação de tudo  é mulher.

Ilustração Deusa Gaia de Daniel Firmino - danielbrafir@gmail.com - para a Coletânea II: uma Ciranda de Deusas (Sarasvati Editora, 2021)

Meio dormindo-acordada, pensei no infinito amor, que faz germinar, nascer, crescer  e que, constitui a beleza de tudo o que há debaixo do céu, no fundo das águas e acima da terra. No  feminino em canção!

Daí a beleza das coisas. Daí a poesia da vida, me provam as Enluaradas!

Somos, pois, reflexos da Grande Senhora que passeia nas Brumas… Somos, na festa da natureza, a fertilidade do solo, as mulheres que correm com lobos. Que uivam e se transformam em defesa da cria e da criação de si. A feitiçaria da poesia que brota de nosso ser!

Somos a natureza divina e, em essência, somos a nossa ancestralidade.

Nas coletâneas Enluaradas e no mar de poesias desse coletivo feminino me vi no 1º FLENLUA… Me encontrei nua, banhando nestas águas que me mostram, como diz Elizabete em seu artigo recheado de beleza, que sou una e múltipla.  Assim, as águas deste mar de escritas e de vida  fazem com que eu me sinta mulher valorosa, empoderada da palavra e da possibilidade de senti-la, de escrevê-la e de dizê-la. Livre! Fazem com que eu assim,  “seja”!

Mas… só “sou” com vocês. Assim somos neste coletivo constituído de outras mulheres Enluaradas de hoje, de ontem e do amanhã.

*_*    *_*    *_*

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Conheça o projeto N'outras Palavras, de Margarida Montejano. 



 


segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

O ABISMO SUBLIME DAS ENLUARADAS: A POÉTICA DO ABRAÇO, POR ELIZABETE NASCIMENTO

 



O ABISMO SUBLIME DAS ENLUARADAS: A POÉTICA DO ABRAÇO


 Por Elizabete Nascimento


A trajetória de vida de cada autora desta coletânea nos interessa, nos faz crescer, nos fortalece, porque toda voz que paramos a escutar se mistura a tantas outras e nos faz mergulhar, de forma particular e especial, no profundo rio da Consciência Feminina, numa conexão que vai além do humano, alcança esferas divinas outras, nos abraça, nos comove e nos enche de inspiração e paixão pela vida.

              {Marta Cortezão}

 

Pretendo apenas esboçar um desenho do movimento literário das Enluaradas, uma colcha de retalhos/mosaico, figuração das faces desdobráveis da figura feminina contida na obra Coletânea Enluaradas II: uma ciranda de deusas (2021), conduzida pela observação de que as letras podem alçar voos, regar os jardins das humanidades e, quem sabe impulsionar a escrita da mulher, de modo a plantar utopias e destilar sonhos. A coletânea conta com a participação de mulheres que residem em diversos países, como destacado no prefácio da obra, trata-se de: “[...] um movimento histórico de resistência feminina que surge das/nas margens do cânone, cuja prioridade é contribuir para a consolidação da mulher no espaço literário, divulgando a literaturas de autoras da contemporaneidade”. (CORTEZÃO, 2021, p. 08-09).

Para baixar, clique AQUI

A seguinte frase de um vídeo no facebook, dita por um homem, instigou-me à reflexão: “temos que ler mulheres porque são boas, tem qualidade, não porque são mulheres”, não pretendo discordar, muito pelo contrário, almejo, quem sabe, apenas levantar alguns questionamentos para que possamos refletir sobre o lugar/espaço da mulher na cena contemporânea: quais são os sentidos de “boas e/ou de qualidade” adotados pelo olhar convencional? Como nós olhamos/sentimos a produção de autoria feminina? Como se deu o percurso histórico/literário da mulher na trajetória da produção escrita, especialmente no âmbito da literatura. E, ao considerar, essas proposições ainda questiono: como podemos, se é que é possível, conceituar “boas” e ou “de qualidade”, sem antes realizar uma leitura criteriosa da produção?, e acrescemos ainda, “por que esconde seu bigode/na lâmina afiada dos julgamentos?” (B. Raquel, 2021, p. 175), se “sei apenas que, de tempos em tempos, me faço rosa/e nutro meus sonhos, de amor ou de vento”. (MARQUEZI, 2021, p. 184) e que “cada portal que se abre a outras dá passagem!” (PINHEIRO, 2021, p. 185).

Os questionamentos supramencionados vêm ao encontro das abordagens das mulheres que participaram do Primeiro Festival Literário de lançamento da Coletânea Enluaradas II/FLENLUA-2021, mulheres que enfatizam o poder inenarrável da poesia e ressaltaram que a mesma as salvaram de momentos de medo, de angústia, de desespero, de alegria, de saudade e de si mesmas porque permite sonhar, caminhar por outros espaços e fazerem-se livres das amarras patriarcalistas.

Pensar a produção de autoria feminina a partir da coletânea consiste em descobrir os sentidos provenientes da arte de enlaçar sorrisos, versos e prosas, a partir da essência de mulheres que versam sobre suas (re)existências e, o melhor, mulheres que contam com a generosidade de umas com as outras, no sentido de serem autoras e leitoras, num círculo que aprofunda/tece, cada vez mais, a efetiva rede da sororidade.

Em As enluaradas, a poesia desprende da pele feminina e a questiona, alfineta e provoca-a a romper com o medo e com a insegurança para entrar no círculo e compor as engrenagens da ciranda poética, como um veículo mágico que permite transitar por vários espaços ao mesmo tempo, ocupar lugares que são e/ou que deveriam ser de tod@s. Ela aponta para o que está oculto/silenciado e/ou abre caminhos que precisam ser descobertos/contemplados. Constata-se que a poesia torna-se parte essencial da vida, com quem é possível confidenciar as dores e as alegrias, estabelecer uma relação amorosa que espalha sementes, pois “ser invisível não basta/preciso penetrar no impenetrável/e de lá fazer o necessário./[...] cega de sentidos/religo os pontos/dessa infantil brincadeira” (TIMM, 2021, p. 130). Aqui nos reportamos ao olhar crianceiro tão trabalhado na produção do poeta mato-grossense Manoel de Barros, ou a ver as coisas sempre como se estivesse contemplando pela primeira vez, como diria Fernando Pessoa.

A luta é, cada vez mais, necessária e urgente, não podemos retroceder, no entanto, ir avante necessita da força de nós por nós mesmas, no sentido de darmos crédito a essas produções, de juntas legitimarem nossas vozes, rasgar o cerco e conquistar espaço. É preciso nos desafiar todos os dias, na busca incessante do que acreditamos e, ao mesmo tempo, muitas vezes, nem sabemos ainda em que acreditamos, porque a vida não vem feita, é constituída de relações, que surgem todos os dias e nos indagam a todo o momento: quem somos? O que desejamos? Assim, vamos sem data marcada, não sendo... mas, por outro, lado; querendo ser. É desse desejo vivo e fecundo, que tiramos a seiva para nos manter em constante busca por superação dos limites que nos impõem para que outras mulheres possam também ir além, acreditar em si mesmas e vencer alguns obstáculos.

Vale compreender que: “[...] Somos o ventre do mundo/[...]Temos o poder que ousamos suspeitar./[...] Somos Mulheres!/A máquina da criação! Criamos tudo.../E ainda poesia para alegrar nossos dias./E quando nos sobra tempo somos apenas mulheres! (CACAU, 2021, p.171). Essas palavras estão encharcadas da intensa, profunda e específica experiência de mulher porque traz a identidade plural da alma feminina no que ela tem de mais sagrado, o poder inenarrável da gestação - “o mistério da criação habita em nós”, é algo inegável, está intrínseco no corpo da mulher - “a magia da vida”, a fina flor que perfuma todos os corpos - somos únicas e plurais. É desse lugar de mulher que falamos, que poetizamos a vida e, penso que raramente, “somos apenas mulheres!”. Com isto sendo dito, não queremos menosprezar a produção de autoria masculina, muito pelo contrário, mas lutar por equidade, conscientes dessa nossa tarefa ética e moral, lembrando de que, como disse Mário Quintana: “quem faz um poema abre uma janela/Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela,/[...] quem faz um poema salva um afogado”. 

Necessitamos do ar que entra pela janela, poetizado por Mário Quintana e, precisamos também, do vazio de Dilercy Adler (2021, p.75) porque a poesia nasce de vazios preenchidos por significações líricas que surpreendem e permitem o vi/ver que há uma mágica fusão do eu com o tu, aberta a um mundo alheio à racionalidade porque faz sonhar, caminha pelo campo da subjetividade: “cheio de ausências/e de lágrimas sentidas”. Ou ainda porque é urgente uma “Polinização por afeto [com a qual] nos meus poros/Quando tu depositas tuas estimas/Germinam-se jardins” (IANCOSKI, 2021, p.123). Portanto, “livrai-nos da crença cega/nenhuma figueira nasce cega” (GERMANO, 2021, p. 170).

Se formos à pesquisa sobre a produção feminina podemos constatar que esta surgiu de um parto bastante moroso e complexo. Ao ouvirmos as autoras da coletânea, o processo de autoria, da maioria dessas mulheres, também foi uma gestação, muitas conviveram com seus escritos por muito tempo antes de vir a publicá-los, ouvindo-as lembrei-me das palavras de Carlos Drummond de Andrade: “não forces o poema a desprender-se do limbo./não colhas no chão o poema que se perdeu./não adules o poema./aceita-o/como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço.

A coletânea: Enluaradas II, pretende coroar um tempo em que se vive o presente correndo por cima dos trilhos, pelas curvas, pelos declives, pelos abismos e pelos precipícios, como Voyeur das nuances da paisagem porque gosta é da vertigem (DIPP, 2021, p. 142), pois: “Assim, enquanto sou/encontro a mim e ao que me toca/às margens sinuosas deste rio” (BAUMGARTEN, 2021, p. 140). A vida constitui o rio que somos, portanto, “[...] Aquilo que flor, arco-íris/eu serei, nos hiatos, majestade!” (RABELLO, 2021, p. 135). “e pelas chagas das minhas mãos/passam mensagens do futuro” (SAVIO, 2021, p. 132).

A palavra não tem destinatário certo e não pode estar restrita apenas a um emissor, somos plurais e, portanto, também produzimos sentidos plurais sobre o que vemos, lemos, ouvimos e sentimos. Conceitos e afirmações são movediços e precisamos descobrir que: “As estrelas e mariposas/brilham cada uma, do seu jeito/ E eu, poeto a alma da noite/aqui, no lago do meu leito” (MARY, 2021, p.100), pois “viver entre palavras era/[é] a única boia nesse mar de incertezas” (SAVIO, 2021, p. 131). Não somos nós quem degustamos das palavras, são elas quem nos queimam a pele:

 

Corpo nu

 [Marta Cortezão]

Tateio o corpo nu da palavra

buscando tua bronzeada tez...

na solitária barca noturna

de sonhos e tolos devaneios

esfrego-me no verbo amar

com sede de conjugações carnais

sucumbo no sexo das palavras...

oh! A língua de Camões me abrasa

o âmago profundo do prazer

sêmen(te) que embriaga

quando goteja fecunda

e explode no branco do papel:

orgia poética de palavras!

 

Essa dimensão erótica e sedutora da relação do eu-poemático com as palavras nos reporta ao poema Sedução da Adélia Prado: “A poesia me pega com sua roda dentada/[...] Me abraça detrás do muro, levanta/ a saia pra eu ver, amorosa e doida”. Assim ressalto, tal qual Adélia, que a poesia é hermafrodita e, estas que compõem a Coletânea Enluaradas II são escritas por mulheres e desejam ser fecundadas por todos, para que juntas, possam romper com o silêncio, subir no palco, protagonizar histórias, virar os holofotes e desafiar a lógica social.

Permanece, tanto no poema de Marta Cortezão, quanto em muitas outras páginas da coletânea, a possível relação entre o eu e o tu, imagens que, de certa forma, conduz ao fortalecimento de uma identidade po-ética e plural, capaz de germinar outras. Portanto, “[...] respira fundo e voa/que o teu limite é infinito/ que o teu coração é o mar” (MONTEJANO, 2021, p.147) e “há sempre o que se ganhar/ao paralisada não ficar” (LIMA, 2021, p. 146). Afinal, “[...] talvez, em um futuro/ distante, alguém compreenda que a beleza/é um espelho de muitas faces” (VELOSO, 2021, p. 101).

A obra em destaque apresenta a poética de mulheres, com “desejos e feituras/que alimentam a fome” (NASCIMENTO, 2021, p. 88), no sentido de que são versos carregados de levezas que miram o recomeço (LAGO, 2021, p. 86), a busca incessante por equidade, por solidariedade, por empatia e/ou surgem na ânsia de que percebam as “insignificâncias a desfilarem/ nos dias de chuva” (QUEIROZ, 2021, p. 181) e/ou “os versos curadores/curandeiros de mim” (ALMEIDA, 2021, p.168) que nos apontam que “[...] entre os espaços das paredes, lagartas e feras se entranham/A algumas damos lábios. A outras, mistério./Mulher, quando nos cingimos entre paredes,/a larva dá voo à palavra, onde nos reconhecemos” (GERMANO, 2021, p. 169). E, assim, podemos deixar “pegadas perfumadas com cheiro de absinto” (MOTA, 2021, p. 89) porque “no silêncio e nas palavras,/a mensagem grita” (CLARES, 2021, p. 201).

Finalizo, por ora, ressaltando que estamos nessas páginas, mulheres, porque ousamos nos levantar dos abismos em forma de poemas. Mulheres gostam de coisas profundas, “E no agora com uma legião de deusas/ cirandamos como aves bailarinas/guiadas pela luz dessa galáxia menina” (MANACÁ, 2021, p. 121.) porque “na passagem de um estado/para outro [nos desenhamos, juntas, imortais] (LOPES, 2021, p. 56) e “carregamos em nossas vidas/a imensidão dos belos tecidos (ALVES, 2021, p. 192).






sábado, 6 de novembro de 2021

BAIXE GRÁTIS O E-BOOK COLETÂNEA ENLUARADAS II: UMA CIRANDA DE DEUSAS


Arte Marta Cortezão

SOMOS TEMPLO DIVINO DA PALAVRA

 Por Marta Cortezão


Quando as mulheres reafirmam seu relacionamento com a natureza selvagem, elas recebem o dom de dispor de uma observadora interna permanente, uma sábia, uma visionária, um oráculo, uma inspiradora, uma intuitiva, uma criadora, uma inventora e uma ouvinte que guia, sugere e estimula uma vida vibrante nos mundos interior e exterior.

 {Clarissa Pinkola Estés}

 

    O Projeto Enluaradas anuncia a realização de mais um sonho concretizado pela força e perseverança da palavra. Na Coletânea Enluaradas II: uma Ciranda de Deusas (Sarasvati Editora, 2021), nos entregamos a este mergulho no rio profundo do Sagrado Feminino. Somos poetas [“porque em poetisa todo mundo pisa”, já diz a Deusa Leila Míccolis] e conjugamos nossa existência levantando nossas vozes nas teias de palavras que se propagam por este vasto e enigmático universo. A palavra poeticamente cobiçada – aquela que alcança nossa verdadeira essência e que nos diz muito sobre nós e sobre o Sagrado que nos faz morada – é a pedra angular a que nos aferramos para resistir às intempéries e seguir na luta por um mundo, onde nossas vozes sejam escutadas e nossos corpos respeitados.

    Este sonho possui o vigor, a sabedoria e a beleza do voo de um albatroz, pássaro que domina a técnica do voo, sem bater as asas; plana céus e mares conduzido pela força do vento e é capaz de voar enormes distâncias, sem pouso. E tal como albatroz, voando léguas, sem (re)pouso, fazemos da poesia a força que nos move e a voz que nos eleva. Viajamos, carregadas do fardo de silenciamento de séculos, em busca da concretização de nossos sonhos e, quando (re)pousamos, o fazemos com nossos pés fincados na ancestralidade de nossa espécie fêmea e na fertilidade de Gaia, nosso colo divino. Voamos alto, quebramos os muros de concreto que revestem os paradigmas impostos, construímos janelas e as adornamos com as amarelas flores de os nossos medos de ontem e os de hoje. E, ao redor da chama que nos acende os desejos, uivamos, em uníssono coro, para a Lua. Dançamos irmanadas em ciranda, celebrando Lilith, Afrodite e todas as Deusas que alimentam nossa espiritualidade. Somos templo divino da humana palavra, somos múltiplas, porque a pluralidade é nosso habitat natural.  

    Este sonho, em forma de e-book, que apresentamos hoje, só pôde tornar-se realidade porque poetas incríveis nos deram as mãos nesta ciranda de Deusas. O Projeto Enluaradas agradece a todas as poetas que se juntaram ao redor da chama da palavra em estado de latente poesia. 

     Clique AQUI para assistir ao vídeo.

    O livro físico também é uma realidade que vem para cultivar nossas memórias no canteiro do tempo, fertilizar sentimentos com a esperança no novo do porvir e manter acesa a fogueira de palavras que alimenta nosso fazer literário.   


Disfero Design Gráfico


Disfero Design Gráfico


Esboço da capa/Marta Cortezão

E com esta energia que nos atravessa, ao falar de poesia, que convidamos você a comungar conosco da poesia que habita nossos sonhos! Basta clicar AQUI e baixar o e-book de forma gratuita. Colabore conosco lendo e divulgando nossa literatura! Boa leitura!


Arte Vania Clares

VEM AÍ O 1º FLENLUA! 03, 04 E 05 DE DEZEMBRO!

Arte Marta Cortezão


sexta-feira, 10 de setembro de 2021

HOJE, SÁBADO (11/SET), TEM CIRANDA DE DEUSAS / XI: LEITURAS POÉTICAS! VEM VER!?

 

Por Marta Cortezão

UMA CIRANDA DE DEUSAS/IX: LEITURAS POÉTICAS

E não há quem ponha um ponto final na história

{Conceição Evaristo}

Olê, olé! Olê, olá! Atenção que o Projeto Enluaradas  pede licença para passar! E ninguém mais pode parar estas mulheres! Que a força que se levanta em nossas cirandas poéticas ganhe o mundo, contando ao mundo de nossos ideais, vibrando boas energias no Universo e propagando a Literatura Contemporânea do Feminino. É SÁBADO, 11/09, às 17h30m, o nosso 11º episódio da Ciranda de Deusas. E não esqueça que você é a melhor companhia para esta festa que celebra a viva palavra viva, em estado de Poesia!

O Enluaradas é o projeto-abraço que não apenas publica autoras, mas um movimento de mulheres que constrói História fazendo Literatura. E através de nossas Cirandas de Deusas fazemos a Poesia transitar neste círculo de pura energia que emana de nossa força interior, nosso Sagrado Feminino.


Como já afirmamos, no prefácio de nossa primeira coletânea, o Enluaradas possui um universo mágico que nos aproxima e nos une, onde

ecoa, em todos os cantos, a voz inspiradora de Virginia Woolf nos dizendo que “não há portões, nem fechaduras, nem cadeados” capazes de “trancar a liberdade” de nosso “pensamento” [...] Somos o verso prenhe e latente de vida, dançando, em conexão plural, de mãos dadas, ao redor da apoteótica deusa luna, toda nossa. Somos a mistura poética perfeita em suas imperfeições, porque nos permitimos a poiesis aristotélica, em estado pleno, nos abrindo aos impulsos do espírito humano para voar desde nossa imaginação e desde nossos sentimentos aninhados na alma.

(CACAU, Patricia; CORTEZÃO, Marta. Prefácio Coletânea Enluaradas, 2021, p.30)

 

Somos um Movimento Literário que busca aprender a pensar coletivamente dia após dia, porque entendemos que “o voo só pode ser pleno quando em bando”. Nossa prioridade é contribuir para a consolidação da mulher no espaço literário. Quanto mais nos distanciamos dos vícios humanos que nos provocam a sede de protagonismo e nos desviam de nossos ideais coletivos, mais nos aproximamos da concretização de nossos sonhos, vez que a força está na sabedoria de “dar as mãos”. Portanto, não esqueçamos NUNCA que DE MÃOS DADAS SOMOS DEUSAS; JUNTAS, AS ENLUARADAS!


Nossa décima primeira Ciranda de Deusas acontecerá HOJE, sábado, dia 11/SET, às 17h30m (Brasília), será transmitido, via canal do Youtube Banzeiro Conexões e contaremos com a participação das autoras Deusas Enluaradas e Cirandeiras da Poesia:


Ana Mendes é luso-angolana, autora de dois livros (inf- juvenil e rom. policial) em francês e português; coautora em 50 Antologias e Coletâneas na França, Bélgica, Itália, Suíça, Portugal e Brasil. Premiada em concursos, poesia e contos/2020 & Menções Honrosas 2020 e 2021/ poesia. Acadêmica em seis Instituições: Brasil/Suíça/Portugal/Itália.


Cris Lira é escritora e professora. Pela Editora Venas Abiertas, publicou seu mais recente livro O mundo é esse lugar (2020), além dos livros No país da infância e Ponte para o poente (2019) como parte da Coleção I do Mulherio das Letras que foi finalista do Jabuti em 2020.


Dalva Lobo publicou na revista “Travessias Literárias” – plataforma do Facebook. Em 2020 publicou, em parceria, a obra “A revolução pelo ócio: Lições poético-filosóficas para o século XXI”, e em julho de 2021, publicou a obra “Catatau: dos labirintos da linguagem à criação de ambiências sonoras”, lançada no mesmo canal.


Neli Germano reside em Porto Alegre/RS/Brasil. Arquivista aposentada. Curso Superior (Incompleto) em Letras e Serviço Social pela ULBRA Canoas/RS. Participação em oito antologias, poemas publicados em jornais e revistas alternativos de cultura (Gente de Palavra, Entreverbo e Todas Escrevemos) e tem um livro solo, Casa de Infância. Integra o Coletivo Mulherio das Letras.


Teresa Cristina Bendini escreveu o livro “Poema em Azul”, pela Editora TELUCAZU, 2018. É autora de sete livros infantis. No Livro: “Krenak, o menino dos braços compridos”, a autora produz a sua versão para crianças do urgentíssimo texto de Ailton Krenak: “Ideias para adiar o fim do mundo”.


Marta Cortezão – amazonense radicada em Segóvia/ ES, é escritora, poeta, ativista cultural, professora, tradutora. Mantém o blog https://feminarioconexoes.blogspot.com. Participou de diversas antologias/revistas nacionais e internacionais. Livros de poesia “Banzeiro manso” e “Amazonidades Poéticas – Cultura e Identidade” (no prelo).


Nossa Ciranda de Deusas reverenciará, através de leituras poéticas, autoras de diversos coletivos femininos nacionais e internacionais. Vejamos: 


1. Leituras poéticas de ANA MENDES:  Ana Coelho (poema “Memória Perfumada”), Carla Pimenta (poema “Borboletei”), Jeovania Pinheiro (poema “A Preta”) e Rita Queiroz (poema “Ausências”);

 

2. Leituras poéticas de CRIS LIRATânia Souza (poema “Versos silentes”), Ana dos Santos (poema “Os homens que não amavam as mulheres”), Karine Bassi (poema “quadro parnasiano”) e Pilar Bu (poema “modus operandi da mulher ideal”);

 

3. Leituras poéticas de DALVA LOBORozana Gastaldi Cominal (poema “Da arte de bem viver”), Margarida Montejano (poema “No compasso, segue”) e Ana Salvagni  (poema “Da flor da memória”);

 

4. Leituras poéticas de NELI GERMANOBenette Bacellar (poema “as nuvens são cinzas atrás da janela”), Ida Romano (poema “hoje acordei Fafá”), Jeane Bordignon (poema “Estuário”) e Taiasmin Ohnmacht (poema “A bala perdida”);

 

5. Leituras poéticas de TERESA BENDININoelia Ribeiro (poema “A vida vale um beijo”), Michelle Santos (poema “Efêmera”), Maria Rita Kehl (poema “Rascunho”), Maria Alice Bragança (poema “Corre um coelho branco com um relógio”).

 

Contamos com a sua especial presença para fazer girar esta Ciranda de Deusas através da arte da Poesia. Esta Ciranda é nossa! Visite o canal Banzeiro Conexões, inscreva-se e ative as notificações para não perder esta e nem as próximas cirandas poéticas!




sábado, 21 de agosto de 2021

HOJE, SÁBADO (21/AGO) TEM CIRANDA DE DEUSAS / X: LEITURAS POÉTICAS! VEM VER!?



  Por Marta Cortezão

UMA CIRANDA DE DEUSAS/X: LEITURAS POÉTICAS

 

As artes e a literatura são importantes e precisam ser incentivadas porque oferecem beleza e, também, espaço de reflexão sobre as desigualdades sociais e as injustiças que nos cerceiam. São ferramentas para sonhar um mundo melhor.

{Regina Dalcastagnè, em entrevista à Revista Tantas-folhas}

 

E por aqui seguimos com o jovem Projeto Enluaradas que iniciou-se em janeiro deste ano, 2021. Publicamos o e-book Coletânea Enluaradas I: Se Essa Lua Fosse Nossa, cujo lançamento foi realizado no dia 21 de abril e transmitido pelo canal YouTube Banzeiro Conexões.  Continuamos trabalhando este projeto, agora com a Coletânea Enluaradas II: uma Ciranda de Deusas, com a mesma determinação, sem perder o foco inicial: divulgar e promover a Literatura Contemporânea do Feminino. O Enluaradas é o projeto-abraço que não apenas publica autoras, mas que constrói História fazendo Literatura. E através de nossas Cirandas de Deusas fazemos a Poesia transitar neste círculo de pura energia que emana de nossa força interior, nosso Sagrado Feminino.

Como já afirmamos, no prefácio de nossa primeira coletânea, o Enluaradas possui um universo mágico que nos aproxima e nos une, onde

ecoa, em todos os cantos, a voz inspiradora de Virginia Woolf nos dizendo que “não há portões, nem fechaduras, nem cadeados” capazes de “trancar a liberdade” de nosso “pensamento” [...] Somos o verso prenhe e latente de vida, dançando, em conexão plural, de mãos dadas, ao redor da apoteótica deusa luna, toda nossa. Somos a mistura poética perfeita em suas imperfeições, porque nos permitimos a poiesis aristotélica, em estado pleno, nos abrindo aos impulsos do espírito humano para voar desde nossa imaginação e desde nossos sentimentos aninhados na alma.

(CACAU, Patricia; CORTEZÃO, Marta. Prefácio Coletânea Enluaradas, 2021, p.30)

 

Somos um Movimento Literário que busca aprender a pensar coletivamente dia após dia, porque entendemos que "o voo só pode ser pleno quando em bando". Nossa prioridade é contribuir para a consolidação da mulher no espaço literário. Quanto mais nos distanciamos dos vícios humanos que nos provocam a sede de protagonismo e nos desviam de nossos ideais coletivos, mais nos aproximamos da concretização de nossos sonhos, vez que a força está na sabedoria de "dar as mãos". Portanto, não esqueçamos NUNCA que DE MÃOS DADAS SOMOS DEUSAS; JUNTAS, AS ENLUARADAS!

 


Nossa décima Ciranda de Deusas acontecerá HOJE, sábado, dia 21/AGO, às 17h30m (Brasília), será transmitido, via canal do Youtube Banzeiro Conexões e contaremos com a participação das autoras Deusas Enluaradas e Cirandeiras da Poesia:

FlaviaFerrari (Santana de Parnaíba/SP) é professora, escritora e poeta. Escreve contos infantis desde 2014. Estreou na poesia escrita em 2020, no início da pandemia. Antes seus poemas eram apenas pensamentos e sonhos. Teve poemas publicados pela Escrita Cafeína e pela Toma Aí Um Poema.

Franciná Lira é amazonense, pedagoga - SEMED; MembroEfetivo da Academia de Letras do Brasil/AM.Membro-Fundadora da Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-Amazônicos– ABEPPA e da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM; Poeta e escritora. Fundadora do grupo Formas em Poemas.

Heliana Barriga, poeta, escritora, trovadora, cordelista, compositora, violonista, sanfoneira, percussionista, apresentadora, performer, intérprete, brincante, animadora literária, palhaça, oficineira, cuidadora de plantas, mentora de projetos artísticos, poeta do cotidiano.

Manuela Dipp, nascida em Porto Alegre, formada em Direito pela PUCRS, escreve poemas desde criança e coordena desde julho/2020 o Sarau da Invencionática, realizado online, do qual participam poetas, músicos e atores de todo o Brasil e da Argentina.

Missandra Almeida – Licenciada em História, Acadêmica de Psicologia, “Natural” de Coração de Maria, Bahia, reside em Aracaju, Sergipe. Uma poetisa sergibaiana. Publicou em Antologias como Mulher Poesia, vol.5 Cógito Editora, Poesia Agora, outono 2020, Ed. Trevo e Coletânea Enluaradas I: Se Essa Lua Fosse Nossa.

Marta Cortezão – amazonense radicada em Segóvia/ ES, é escritora, poeta, ativista cultural, professora, tradutora. Mantém o blog https://feminarioconexoes.blogspot.com. Participou de diversas antologias/revistas nacionais e internacionais. Livros de poesia “Banzeiro manso” e “Amazonidades Poéticas – Cultura e Identidade” (no prelo).

Nossa Ciranda de Deusas reverenciará, através de leituras poéticas, autoras de diversos coletivos femininos nacionais e internacionais. Vejamos: 

 

1. Leituras poéticas de FLAVIA FERRARIRyane Leão (poema sem título do livro “Tudo nela brilha e queima”), Adriane Garcia (poema “A Santa”), Ana Martins Marques (poema sem título do livro “O livro das semelhanças”) e Jéssica Iancoski (poema “Espelho”);

2. Leituras poéticas de FRANCINÁ LIRAEvany Nascimento (poema "Sons De Março”), Maria Júlia Lobo (poema “Helena”), Doroni Hilgenberg (poema “Ninguém É De Ninguém”) e Ana Karoline Ribeiro (poema “Alma Aprisionada”);

3. Leituras poéticas de HELIANA BARRIGAShaira Mana Josy (poema "Preta Que Nos Pariu”), Nairama Barriga Feitosa (poema “Intimidação”), Marcilene Nogueira Da Silva (poema “Ensinamentos Do Cinza”) e Roseli Sousa (poema “Fiz Agorinha Mesmo”);

4. Leituras poéticas de MANUELA DIPPMaria Alice Bragança (poema “Fonte”), Malu Baumgarten (poema “Ariadne”), Fátima Farias (poema “Pedras Raízes”) e Lilian Rocha (poema “Lilith”);

5. Leituras poéticas de MISSANDRA ALMEIDADaniela Bento (poema “Eu”), Gabriele Rosa (poema “[pequena]”), Naiara Iris (poema “Rasga o Corpo”), Gilmara Belmon (poema “Ternura”).

Contamos com a sua especial presença para fazer girar esta Ciranda de Deusas através da arte da Poesia. Esta Ciranda é nossa! Visite o canal Banzeiro Conexões, inscreva-se e ative as notificações para não perder esta e nem as próximas cirandas poéticas!

 


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EDITAL ENLUARADAS II TOMO DAS BRUXAS

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