quarta-feira, 12 de maio de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|39



                                                               

                         Momento com Gaia/39



Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Para ouvir o PODCAST clique AQUI.


Refazendo

 

desconstruir  o que não serve

reconstruir um novo tempo

na frequência do universo


resgatar os saberes da terra

acessar as escolas da floresta

dar vida a arte da existência


sair da linearidade

voltar a circularidade

despertar o maternal cuidado


ser e dar sentido a arte

que revigora o querer

para o parto da criação


há que se edificar a vida

curar a criança ferida

ser a paz que o mundo precisa


organizar as gavetas internas

esvaziar do que não serve

alimentar quando se tem fome


o excesso pode ser tóxico 

compartilhar é libertador

sabedoria é expressão de amor




terça-feira, 11 de maio de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares


                                 


(Lua Nova, de 11 a 18/05)/13


Por Ana Luzia de Oliveira


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


As Lâminas da Mãe Terra são um oráculo formado por frequências que foram intuídas, apresentando-se em imagem, nome e funcionalidade, representados por Ana Amélia Moura, Ana Luzia Oliveira e Neysi Oliveira, em processo de canalização. 


Suas cartas podem ser interpretadas por seus significados arquetípicos e, também, podem ser tomadas por frequências que nos auxiliam naquilo a que se propõem ativamente.



Sua leitura destina-se a fins terapêuticos e de autoconhecimento, para ampliar a consciência das dinâmicas que existem em nossas vidas e dos recursos que temos para solucionar as questões que se apresentam.

 

Nova Lua, que se recolhe agora para se mostrar novamente em breve!

  




Labirinto. No campo dos desafios do período, o que se apresenta é a nossa própria jornada. O caminho meditativo para o autoconhecimento nos envolve em curvas e reviravoltas. Nos traz de volta quando achávamos que estávamos indo em frente e nos faz recomeçar quando acreditávamos já termos chegado ao fim. Nossos próprios labirintos podem nos confundir, mas quando perseveramos, chegamos ao centro, o nosso centro, onde encontramos com a inspiração divina, universal. E, lá, podemos encontrar respostas que nem sabíamos que tínhamos. Porque a sabedoria se constrói, mesmo, em um caminho curioso e os aprendizados se dão em uma espiral que ascende, apesar de parecer que estamos andando em círculos. É confuso? Sim. A vida pode ser muito confusa, mas não é o fim, nem o começo, é o caminho que percorremos e as escolhas que fazemos que nos faz, realmente, vivos.

 

E quando nos sentimos perdidos em nós mesmos?

 

Avó Lua. Olha ela aí, gente, dando sua cara nas cartinhas, enquanto está escondida no céu! A própria Avó Lua vem nos ajudar com seu conhecimento milenar e ancestral. Ela sabe tudo sobre dar voltas em um caminho que parece interminável. E, também, sabe tudo sobre se renovar em fases para nos ensinar. Se achamos que não estamos progredindo em nossa jornada e se não conseguimos ver o caminho que, de repente, escureceu, que exemplo melhor poderíamos ter que a nossa linda Lua? Ela segue em seu caminho, se transformando a cada ciclo, respeitando os momentos de luz e de sombra. Cada fase passa e o caminho segue. Sigamos nós, o nosso caminho, passando também pelas fases que precisamos. Há sombra, mas também há de ter luz e os mistérios da vida são o que nos faz prosseguir.

 

Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.

 

domingo, 9 de maio de 2021

A ELAS COM AMOR: "Ser Mãe"

 


Pela voz de Eva Potiguara, recebemos nesta seção, A ELAS COM AMOR, seu poema "Ser Mãe", como homenagem ao Dia das Mães. 


SER MÃE


               
Ser mãe, é amar sem medidas

Como um rio enfrentando barreiras para abraçar o mar. 

É ser luz na adversidade, uma estrela rasgando as trevas consumindo a tempestade.  

É a recordação mais quente que dilui o inverno da solidão e reveste a nudez da alegria em canção. 

Não é palavra que se ler em papel comum, é fogo e brisa em poesia, sem temor nenhum.  

Mãe é ternura em meio a aspereza da vida real, uma flor do sertão que resiste ao seu rigor infernal. 

Qual milagre das pérolas nas conchas, eis tu mãe, perante os abismos que despontas.

Quisera eu poder soletrar, em gratidão o teu modo louco e sublime de amar...

Eis o próprio horizonte sem limites, a Rainha das estações e das dores que resistes. 

Ser mãe não é uma arte terrena de mulher, não é profissão de ser humano qualquer. 

Não basta parir para ser maternal, ser mãe é calmaria e temporal. 

É uma vida que pulsa no cuidar e no acolher, é um coração que sangra e sorrir para viver.




EVA POTIGUAR é mulher indígena, escritora, poeta, designer, ilustradora, produtora cultural e editora da EP Produções. Contadora de histórias e autora das obras: Do Casulo á borboleta (Poemas), Gatos Diversos (Lit.  infantil) e de dezenas de coletâneas nacionais e na Europa. Membro da União Brasileira de Escritores do Rio Grande do Norte -UBE/RN, membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte -SPVA/RN, membro da Associação Literária e Artística de Mulheres Potiguares - ALAMP/RN, Membro imortal da Academia de Letras e Artes de Campos de Goytacazes /RJ)ALB-RJ, Membro do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa -NALAP-Portugal. Doutora em Educação pela UFRN,  com diversos Prêmios nacionais e internacionais em Arte e Educação.





quinta-feira, 6 de maio de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|38

                                                           

                                                             



                       Momento com Gaia/38



Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Para ouvir o PODCAST clique AQUI.


Injusta prisão


hoje deixei a poesia brincar

para além das páginas do livro

presas estavam deprimidas


ficaram tão felizes

longe do áspero papel

e do poeta opressor


se espojaram na terra

tiveram crises de asma

brincaram de pernas pro ar


então eu pude entender

que para compor palavras 

é preciso oferecer asas


o poeta que se preza

tem que ser desapegado

após o parto deixa voar


como eu poderia imaginar

o sofrimento das letras crianças

nascidas das minhas entranhas

 

na ânsia de compor livros

criava um cárcere privado

e aprisionava o meu maior legado



 

terça-feira, 4 de maio de 2021

MOMENTO COM GAIA: Poesia em tempos de pandemia|37




Momento com Gaia/37



Por Janete Manacá


Esse projeto, de autoria da poeta Janete Manacá, nasceu em 16 de março de 2020, com a chegada da Pandemia causada pelo novo Covid-19. Por se tratar de algo até então desconhecido, muitas pessoas passaram a desenvolver ansiedade, depressão e síndrome de pânico. Com o desejo de propiciar a essas um “momento poético” no conforto dos seus lares, toda a noite é enviado, via WhatsApp, um áudio com poesias de sua autoria para centenas de pessoas do Brasil e de outros países. E estas são replicadas pelos receptores. Acompanhe o poema abaixo:


Para ouvir o PODCAST clique AQUI. 


Desprotegidos


a casa de pau a pique

abrigava carinho e amor

unidos na dureza do sertão


uma história de entrega

mãe guerreira, filho devoto

parceria que transcendia afeto


longe de qualquer conforto

onde o solo rachado chorava

e as sementes eram abortadas


os cabelos embranquecidos

se confundiam com as nuvens

e brilhavam sob a luz da lua


lar de chão batido, porta desgastada

comida simples e escassa

feita sobre a ruina do fogão em brasa 


o alimento que chegava à mesa 

tinha o árduo preço do suor



da terra dura em frágeis mãos


eram felizes com toda a limitação

tinham a alma limpa, livre de corrupção

viveram a dureza da vida com mansidão




segunda-feira, 3 de maio de 2021

Leitura de Lâminas da Mãe Terra para os Ciclos Lunares

                                 


(Lua Minguante, de 03 a 10/05)/12


Por Ana Luzia de Oliveira


Sobre o Oráculo Lâminas da Mãe Terra


As Lâminas da Mãe Terra são um oráculo formado por frequências que foram intuídas, apresentando-se em imagem, nome e funcionalidade, representados por Ana Amélia Moura, Ana Luzia Oliveira e Neysi Oliveira, em processo de canalização. 


Suas cartas podem ser interpretadas por seus significados arquetípicos e, também, podem ser tomadas por frequências que nos auxiliam naquilo a que se propõem ativamente.



Sua leitura destina-se a fins terapêuticos e de autoconhecimento, para ampliar a consciência das dinâmicas que existem em nossas vidas e dos recursos que temos para solucionar as questões que se apresentam.

 

À míngua da Lua, confiemos menos no que vemos e cuidemos mais da nossa percepção!

  




Turmalina. Essa linda menininha quer nos ajudar a lidar com leveza com os conteúdos difíceis. Se ela se apresenta neste ciclo como um alerta para os nossos desafios, sabemos que desafios virão. Não precisamos nos assustar, fases mais densas fazem parte da vida de todos nós o tempo todo. O que precisamos fazer é nos preparar para lidar com as dificuldades sem afundar junto com elas. Precisamos ter em mente que além de passageiras, as situações que nos desagradam são oportunidades de crescimento e aprendizado. É claro que gostaríamos que todas as nossas lições fossem mais prazerosas, mas não estamos no controle disso, não é? O que está no nosso controle é a forma de encarar as dificuldades, a resiliência, que é essa capacidade de nos recuperarmos mesmo após sermos expostos a terríveis provações. Não é fácil, não é imediato. É com muita força de vontade, amor próprio e fé que conseguimos.

 

E o que podemos fazer para ajudar a essa força de vontade se fortalecer?

 

Defumador. Energia. Quanto mais desafiados, mas precisamos cuidar dessa tal de Energia. A que nos cerca e a que emanamos. Isso porque é muito fácil entrarmos em sintonia em com as energias mais densas, a tristeza, o medo, o ódio. E quanto mais nos entregamos a elas, mais elas nos tomam e nos tornam pessimistas. A desilusão nos ofusca a visão de um futuro melhor. Em vez de valorizarmos a dura verdade, preferíamos continuar a ver o mundo com os óculos cor de rosa, eu sei. Mas precisamos cuidar dessas nuvens densas, inspirar Luz e expirar sombras para que os ventos as levem para longe. Mover o que está estagnado, renovar. Reforçar a nossa conexão com a fé, a espiritualidade que nos ampara. Buscar o apoio de quem nos quer bem. Limpar a casa, tirar a poeira por fora e nos desintoxicar por dentro. Porque tudo é reflexo, do maior para o menor, do exterior para o interior. E se não temos forças para enfrentar o grande mal, comecemos com pequenos gestos que nos conectam ao bem, que eles farão a diferença.

 

Aho Mitakwye Oyassin! Obrigada por todas as minhas relações, Ana Luzia Oliveira.

 


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